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Banco de Inglaterra reconsidera levantamento das medidas de estímulo

O governador do Banco de Inglaterra Mervyn King pondera não levantar as medidas de estímulo à economia à medida que as medidas de austeridade do governo de David Cameron ameaçam enviar o país para uma nova recessão

07 de Outubro de 2010 às 07:58
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As medidas de austeridade do governo “tory” de David Cameron – as mais duras desde a Segunda Guerra Mundial – e a especulação em torno da provável compra de activos por parte do Fed norte-americano estão a pressionar o governador do Banco de Inglaterra, Mervyn King, para medidas de aumento da liquidez no mercado britânico.

À medida que os sinais do Fed vão emanando para os mercados, a par da compra de activos pelo Banco central nipónico nas últimas semanas na tentativa de desvalorizar um iene sobrevalorizado, o Banco de Inglaterra pondera não levantar as medidas de estímulo da economia do Reino Unido à medida que a inflação se vai situando, de acordo com dados do próprio BOE , acima do limite máximo estipulado pelo governo britânico.

O perigo, segundo os analistas auscultados pela Bloomberg, estará num maior reforço da liquidez por parte dos bancos centrais dos Estados Unidos e do Japão, o que poderá causar uma valorização indesejada da libra esterlina e comprometer ainda mais as possibilidades de recuperação económica no Reino Unido.

Segundo a Bloomberg, diferentes correntes dentro do BOE estão a dividir os economistas: de entre os nove membros do painel do Banco britânico há quem exija mais medidas para salvar a economia inglesa de “danos permanentes”, como há quem peça um aumento da taxa de juro de referência para tentar conter a inflação.

Os dados económicos relativos ao Reino Unido não são animadores, com a produção fabril a crescer ao ritmo mais lento de dez meses em Setembro e com o número de pedidos de subsídio de desemprego a crescer em Agosto pela primeira vez em sete meses. A inflação cresceu em Agosto para os 3,1%, acima do máximo estipulado pelo governo de 3%. Pretende-se atingir a meta dos 2% a médio prazo, segundo o BOE.

O BOE anunciará a sua decisão em relação às medidas de estímulo económico hoje ao meio-dia em Londres.

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