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Banco Central deixa estável taxa de juros no Brasil

O Banco Central do Brasil manteve, na reunião de Julho, a taxa de juros de referência no patamar dos 19,75%, no segundo mês consecutivo sem mudanças, depois de nove subidas seguidas.

21 de Julho de 2005 às 13:23
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O Banco Central do Brasil manteve, na reunião de Julho, a taxa de juros de referência no patamar dos 19,75%, no segundo mês consecutivo sem mudanças, depois de nove subidas seguidas.

Em comunicado, o Comité de Política Monetária (Copom), anunciou que «avaliando as perspectivas para a trajectória da inflação, o  Copom decidiu, por unanimidade, manter a taxa selic (de juros) em 19,75% ao ano sem viés (sem previsão de alterações até à próxima reunião de Agosto). No próximo mês, a taxa deve ser anunciada a 17 de Agosto.

Esta decisão já era esperada pelo mercado. A avaliação geral era de que, embora os números de inflação tenham vindo a recuar e as perspectivas futuras para os preços também estejam em desaceleração, é preciso mais tempo para avaliar a estabilidade desse comportamento.

O cenário de crise política também terá influenciado na decisão de estabilidade na taxa, apesar do enfraquecimento das pressões inflacionistas no Brasil.

No mercado estima-se que a entidade monetária comece a tendência de baixa dos juros no próximo mês de Setembro.

Em reacção à decisão dos juros, o presidente da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf destacou que «não há motivos concretos para o Banco Central não reduzir a taxa de juros», alertando para o momento crítico dos investimentos no Brasil.

E continua: «precisamos sim, e o quanto antes, recuperar a infra-estrutura abandonada há bastante tempo. Para tanto, é preciso investir e com os juros tão altos isso se torna impossível. O Banco Central segue o mesmo. Ou seja, quando deve manter a taxa Selic, aumenta. Quando deve parar de aumentar, continua aumentando. Quando deve diminuir, mantém. Afinal, quando deve fazer, não faz. Quando não deve fazer, faz».

*Correspondente em São Paulo

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