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Banca criticada no Parlamento britânico por não subir juros de depósitos

As queixas de demora em fazer refletir a subida nas taxas para quem aforra também se ouvem no Reino Unido.

07 de Fevereiro de 2023 às 15:50
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A demora em fazer refletir a subida de juros nas taxas de referência do Banco Central Europeu (BCE) nos depósitos tomados, após fortes subidas nos custos de crédito, também está a motivar queixas quanto à atuação da banca no parlamento do Reino Unido, à semelhança do que sucede em Portugal.


Numa audição parlamentar na Câmara dos Comuns, nesta terça-feira, os deputados acusaram as quatro maiores instituições da banca britânica de estarem a dar prioridade aos lucros, não transmitindo às remunerações dos depósitos os atuais custos de financiamento mais elevados, reporta o Financial Times (acesso pago).


Na sessão, os bancos receberam críticas, tanto do lado do Partido Trabalhista como dos Conservadores, pela forma como estão a tratar os clientes.


Angela Eagle, deputada do Partido Trabalhista, considerou que as taxas praticadas nas contas de depósito de acesso fácil são pouco generosas. Andrea Leadsom, deputada do Partido Conservador, também sugeriu que as instituições financeiras estão a aproveitar-se da inércia dos clientes em mudar para melhores opções oferecidas na concorrência, escreve o Financial Times.


Na resposta, as instituições responderam com exemplos de produtos a taxas competitivas, com o jornal a citar Alison Rose, do Natwest, sobre uma oferta de 5% sobre depósitos de aplicação online. A remuneração oferecida, porém, desce para 0,65% em valores à guarda acima de cinco mil libras, completa o FT.


A maioria dos grandes bancos britânicos remunera os depósitos de acesso fácil abaixo de 1%, indica o diário britânico, a citar uma plataforma de comparação do setor.


Em Portugal, as queixas também se têm feito sentir. Na passada semana, no Parlamento, o governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, respondeu aos deputados haver sinais de algumas instituições com taxas de juros nos depósitos já acima de 1% e defendeu que é necessária "alguma paciência" com os bancos.

 

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