A economia portuguesa já bateu no fundo, mas levará muito tempo até ser competitiva. O Executivo é "genuíno" no esforço de consolidação, mas atrasou-se nas reformas. O atraso - que deverá fazer com que o défice fique acima de 3% em 2008 - é explicado, em parte, por falta de preparação inicial do Executivo.

A redução de gastos com salários, que é a chave de todo o esforço de consolidação, terá agora de ser apressada. Estas são algumas das ideias que Ania Thiemann, a responsável na Economist Inteligence Unit por acompanhar Portugal, partilhou em conversa com o Jornal de Negócios.

Para além de riscos conjunturais, como a presidência da UE no segundo semestre, o sucesso do processo de consolidação depende essencialmente da capacidade de "alterar a estrutura salarial".