O preço do arroz atingiu um novo recorde com perspectivas de aumento da procura por parte do mercado das Filipinas, o maior importador. Por outro lado, também a impulsionar os preços do arroz, está a redução das exportações de alguns países que pretendem uma maior quantidade para alimentar as suas populações.

O preço do arroz atingiu um novo máximo ao negociar nos 21,50 dólares por 100 libras-peso em Chicago. Este valor é mais de duas vezes o valor negociado no ano passado.

A corrida ao arroz está a ameaçar perturbar o fornecimento deste alimento em todo o mundo, o que poderá conduzir a novos tumultos sociais. E tem sido esse um dos principais motores da subida do arroz nos mercados internacionais, que hoje atingiu o preço máximo de sempre.

As Filipinas anunciaram que pretendem aumentar as importações de arroz para 1 milhão de toneladas uma vez que "existe a necessidade de evitar as tenções sociais derivadas dos elevados preços dos alimentos" referiu Abah Ofon, analista da Standard Chartered, citado pelo Bloomberg.

No Sudoeste asiático a procura pode aumentar em 42% para 2,7 milhões de toneladas este ano, o que compara com os 1,9 milhões de toneladas registadas no ano passado.

A China, o Egipto, o Vietname e a Índia, que representam mais de um terço das exportações mundiais de arroz, diminuíram as suas vendas este ano, e a Indonésia diz que deverá fazer o mesmo. A necessidade de satisfazer as necessidades locais é o principal motivo desta restrição.

O Banco Mundial em Washington diz que 33 nações, desde o México até ao Iémen, poderão enfrentar "tumultos sociais", já que os custos dos alimentos e da energia estão a aumentar há seis anos, segundo a agência noticiosa norte-americana.