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Arrecadação de receita de IRS continuou a acelerar em maio
Apesar de o crescimento do conjunto da receita fiscal ter abrandado, cofres públicos seguem a encaixar ainda mais imposto sobre os rendimentos do trabalho, que cresce em 16,7%.
A arrecadação de receitas de IRS manteve-se em maio a acelerar, com mais 749 milhões de euros cobrados nos primeiros cinco meses deste ano do que em igual período do ano passado.
Os últimos dados de síntese de execução orçamental, publicados nesta sexta-feira pela Direção-Geral do Orçamento (DGO), mostram que a receita do Estado com IRS subiu 16,7% até maio (16,1% até abril), para um total de 5.239 milhões de euros.
Em termos ajustados, excluindo o efeito de planos prestacionais relativos a cobranças relativas ao ano anterior, a receita de IRS também acelera, passando de um crescimento de 15,6% até abril para 16,1% até maio.
A evolução da receita de IRS contrasta com o comportamento de outros itens da receita fiscal do Estado. Nomeadamente, IRC e IVA, com abrandamentos pronunciados.
As receitas de IVA, que têm beneficiado da inflação ao longo dos últimos dois anos, seguiam a crescer 9,7% até maio, abrandando dos 12,3% de crescimento registados até abril. Nos primeiros cinco meses deste ano, este imposto sobre o consumo já deu mais 838,5 milhões de euros do que em igual período do ano passado, para um total superior a 9.514 milhões de euros.
Em termos ajustados, por efeito de cobranças adiadas, a subida do IVA é menor, de 4,7% até maio (5,8% até abril), correspondendo a mais 426,6 milhões de euros.
Já o crescimento da receita de IRC cai de 30,8% para 6,7% entre abril e maio. Face aos cinco primeiros meses de 2022, o Estado arrecada mais 82,8 milhões de euros em imposto cobrado às empresas, para um total de 1.311 milhões de euros.
Ajustada, a receita de IRC sobe 6,2%, com mais 77 milhões que um ano antes.
Os dados da DGO indicam que, até maio, o conjunto das administrações públicas tinha arrecadado mais 1.589,6 milhões de euros que um ano antes, para um total de 21.132,8 milhões de receita fiscal. O crescimento era de 8,1%, abrandando face aos 10% de subida registados até abril.