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Ao segundo dia, "os gregos podem voltar a sorrir"
Segue-se um novo dia de negociações na Grécia para constituir um novo governo. Acredita-se que há condições para uma coligação do Nova Democracia com o Pasok e a Esquerda Democrática. Acompanhe aqui a evolução dos acontecimentos na Grécia.
17h19 Assim que os representantes dos três partidos reunidos cheguem a acordo sobre os temas políticos, será elaborado um documento a entregar aos líderes dessas forças partidárias para aprovação, avança a televisão estatal NET.
17h16
Nova Democracia, Pasok e Esquerda Democrática estão reunidos. O objectivo do encontro entre vários representantes dos três partidos será, segundo os órgãos de comunicação internacionais, acordar a plataforma política sob a qual será constituída a coligação governamental.
Um dos responsáveis dos três partidos, que não quis ser identificado, disse à Reuters que a reunião ia "discutir o programa e as possíveis faces do novo governo". Samaras, Venizelos e Kouvelis não estão na reunião.
15h34
A possível expansão do calendário para o cumprimento das medidas incluídas no pacote de resgate à Grécia é já falada abertamente pelos líderes políticos.
A alteração dessas medidas é que continua a ser rejeitada. Angela Merkel defende que não haverá espaço para modificações, Jean-Claude Juncker, líder do Eurogrupo, defende que não haverá “alterações substanciais”.
Entretanto, a agência France Presse (AFP) está a citar um membro da União Europeia, que manteve o anonimato, para dizer que o resgate à Grécia será renegociado. As actuais condições económicas, piores do que quando foi acordado o memorando de entendimento, tornam o cumprimento do acordo uma "ilusão", como indica o "Kathimerini".
"Se não for para mudar o memorando, estaremos a assinar uma ilusão", terá dito essa fonte à AFP.
13h14 Numa altura em que não tem ainda um governo, a Grécia vendeu dívida. A agência de gestão da dívida pública grega colocou 1,3 mil milhões de euros em bilhetes do Tesouro a três meses.
A Grécia aceitou pagar uma rendibilidade média de 4,31% aos compradores, o que é ligeiramente abaixo dos 4,34% registados no anterior leilão comparável. O bid-to-cover, ou seja, as vezes que o número de ofertas superou a quantidade de bilhetes do Tesouro colocados, foi de 2,19 vezes, abaixo do indicador dos 2,32 vezes da emissão anterior, indica a Reuters.
Como salienta a agência de informação, este é o contacto da Grécia com o mercado de dívida primário, já que não realiza, tal como Portugal e a Irlanda, nenhuma emissão de dívida a longo prazo. O financiamento à Grécia é, por agora, assegurado pelo pacote de ajuda externa.
Da mesma forma, nestes leilões de curto prazo, são os bancos gregos aqueles que, segundo a Reuters, compram estes bilhetes do Tesouro. O que assinala que os custos de financiamento verificados pelo país não correspondem, exactamente, aos receios registados nos mercados.
12h55 O porta-voz da Esquerda Democrática informou que não deverá haver problemas para a escolha do primeiro-ministro entre os vários partidos.
Em entrevista à rádio Vima, Andreas Papadopoulos indicou que "se concordam nas políticas, vão entender-se em relação às pessoas".
Questionado se irá participar no novo governo, Papadopoulos assinalou que a "constituição prevê várias possibilidades, a participação e o apoio, tal como um voto de tolerância", cita a agência estatal ANA.
12h42 Os serviços postais na Grécia vão entrar hoje em greve, dois dias depois das eleições no país. A paralisação irá ocorrer durante 24 horas, com os funcionários a exigirem uma alteração ao novo acordo colectivo de trabalho, indica o "Kathimerini".
12h35 No dia em que foi anunciada a criação de uma equipa grega para renegociar a ajuda externa, Jean-Claude Juncker, líder do Eurogrupo, disse que não haverá espaço para alterações substanciais no programa à Grécia.
Mas Juncker admitiu uma abertura para alterar o calendário de implementação das medidas inscritas nesse programa.
12h28 O deputado da Esquerda Democrática, Nikos Tsoukalis, disse à rádio estatal NET que o nome do novo primeiro-ministro grego continua em aberto e que será debatido nas "negociações finais com o presidente da república".
O encontro entre os três partidos – Nova Democracia, Pasok e Esquerda Democrática – e o chefe de Estado deverá ocorrer ainda hoje.
11h58 O Syriza, que não fará parte de qualquer tipo de coligação governamental, como anunciou ontem o líder Alexis Tsipras, também não irá integrar a equipa que pretende renegociar as condições do resgate.
A força política considerou este convite de Evangelos Venizelos como um "golpe publicitário", como cita o jornal grego "Kathimerini".
11h54 Após a reunião entre os dirigentes do Pasok e da Esquerda Democrática, Venizelos anunciou a sugestão de criar uma equipa de trabalho cujo objectivo será renegociar os termos do pacote de resgate internacional.
A indicação desta equipa acontece depois de eleições em que a força política que defende rasgar os compromissos inscritos nesse pacote - o Syriza - ficou em segundo lugar, apenas a cerca de 170 mil votos do partido mais votado, o Nova Democracia.
Tal equipa, acrescentou Evangelos Venizelos, poderá ser constituída por personalidades que não façam parte do governo.
11h48 Os líderes do Pasok e da Esquerda Democrática estiveram esta manhã reunidos para debater a possibilidade de uma coligação governamental por si constituída, juntamente com o Nova Democracia.
O antigo ministro das Finanças da Grécia e líder do Pasok, Evangelos Venizelos, garantiu, após o encontro, que "os gregos podem voltar a sorrir".
11h40 Começa o segundo dia para se tentar encontrar um novo governo na Grécia. Tudo indica que há margem para a criação de uma coligação com, pelo menos, dois partidos. O que não ocorreu na sequência das eleições de 6 de Maio, onde os vários partidos que tentaram formar governo foram mal sucedidos.
Encontrei aqui o que aconteceu no primeiro dia de negociações para a formação de um novo governo na Grécia. E aqui o que ocorreu no dia do sufrágio eleitoral.
(Notícia com actualização permanente)