Notícia
António Pedro Vasconcelos: Cavaco defende debate aprofundado sobre serviço público
O realizador António Pedro Vasconcelos, um dos responsáveis pelo manifesto contra a privatização da RTP, afirmou hoje que o Presidente da República partilha da ideia de que deve ser lançado um debate aprofundado sobre o serviço público.
22 de Outubro de 2012 às 18:59
António Pedro Vasconcelos falava aos jornalistas no final de uma audiência com Cavaco Silva, em Belém, num encontro que durou cerca de uma hora.
"Viemos trazer o documento 'Manifesto em defesa do serviço público'" e sensibilizar o Presidente da República "para o problema, que consideramos delicado e grave, que é a situação do serviço público de comunicação social e a precariedade destes últimos meses por efeito de uma certa incerteza e indecisão relativamente ao seu futuro", disse o cineasta.
"O Presidente da República ouviu-nos e há um ponto sobre o qual nós estamos de acordo. Partilhamos que este momento de tréguas relativamente ao futuro da RTP pode e deve ser aproveitado para duas coisas", sendo que a primeira é "para relançar o debate a um nível um pouco mais elevado sobre a função e o futuro do serviço público de rádio e televisão".
A segunda, acrescentou António Pedro Vasconcelos, é "para a própria RTP aproveitar estas tréguas para pensar e relançar aquilo que deve ser o desempenho da rádio e televisão em termos de conteúdos, rigor, qualidade, diversidade".
Já sobre a questão da existência de dois canais generalistas no universo da RTP, o realizador, que estava acompanhado de mais cinco responsáveis pelo manifesto, disse que "neste momento está fora de agenda".
Questionado pelos jornalistas sobre qual o modelo que o chefe de Estado defende para a RTP, António Pedro Vasconcelos afirmou: "Não posso falar pelo Presidente da República. Isso nem sequer está em discussão, uma vez que é o modelo europeu e está no actual contrato de concessão". Agora, "o que se pode discutir é quais são os modelos de financiamento, o número de canais, se se deve multiplicar canais na televisão digital terrestre", afirmou. Segundo o realizador, Cavaco Silva "está sintonizado com aquilo que é a própria matriz europeia do serviço público".
Questionado sobre se as greves na agência de notícias Lusa e no jornal Público e a eventual compra dos títulos Diário de Notícias, Jornal de Notícias e TSF por um grupo de comunicação social angolano foram temas abordados no encontro, António Pedro Vasconcelos confirmou.
"Inevitavelmente foram temas aflorados no quadro geral, a importância que tem uma imprensa livre numa democracia. Os períodos de crise são muitas vezes propícios a que as dificuldades levem a cercear a margem de liberdade de que a imprensa é um factor absolutamente decisivo", disse.
Além do realizador, estiveram presentes no encontro o reitor da Universidade de Lisboa, António de Sampaio Nóvoa, o general Loureiro dos Santos, o deputado centrista Ribeiro e Castro, o presidente da Associação de Produtores Independentes de Televisão (APIT), António Borga, e o professor e actual membro da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) Arons de Carvalho.
"Viemos trazer o documento 'Manifesto em defesa do serviço público'" e sensibilizar o Presidente da República "para o problema, que consideramos delicado e grave, que é a situação do serviço público de comunicação social e a precariedade destes últimos meses por efeito de uma certa incerteza e indecisão relativamente ao seu futuro", disse o cineasta.
A segunda, acrescentou António Pedro Vasconcelos, é "para a própria RTP aproveitar estas tréguas para pensar e relançar aquilo que deve ser o desempenho da rádio e televisão em termos de conteúdos, rigor, qualidade, diversidade".
Já sobre a questão da existência de dois canais generalistas no universo da RTP, o realizador, que estava acompanhado de mais cinco responsáveis pelo manifesto, disse que "neste momento está fora de agenda".
Questionado pelos jornalistas sobre qual o modelo que o chefe de Estado defende para a RTP, António Pedro Vasconcelos afirmou: "Não posso falar pelo Presidente da República. Isso nem sequer está em discussão, uma vez que é o modelo europeu e está no actual contrato de concessão". Agora, "o que se pode discutir é quais são os modelos de financiamento, o número de canais, se se deve multiplicar canais na televisão digital terrestre", afirmou. Segundo o realizador, Cavaco Silva "está sintonizado com aquilo que é a própria matriz europeia do serviço público".
Questionado sobre se as greves na agência de notícias Lusa e no jornal Público e a eventual compra dos títulos Diário de Notícias, Jornal de Notícias e TSF por um grupo de comunicação social angolano foram temas abordados no encontro, António Pedro Vasconcelos confirmou.
"Inevitavelmente foram temas aflorados no quadro geral, a importância que tem uma imprensa livre numa democracia. Os períodos de crise são muitas vezes propícios a que as dificuldades levem a cercear a margem de liberdade de que a imprensa é um factor absolutamente decisivo", disse.
Além do realizador, estiveram presentes no encontro o reitor da Universidade de Lisboa, António de Sampaio Nóvoa, o general Loureiro dos Santos, o deputado centrista Ribeiro e Castro, o presidente da Associação de Produtores Independentes de Televisão (APIT), António Borga, e o professor e actual membro da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) Arons de Carvalho.