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Angela Merkel reeleita líder da CDU pela oitava vez com 96,7% dos votos

A chanceler alemã foi reeleita líder do seu partido pela oitava vez. Com uma votação expressiva, o registo mais elevado em 14 anos, Angela Merkel vai liderar os democratas cristãos alemães durante mais dois anos.

09 de Dezembro de 2014 às 17:33
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Eleita pela primeira vez em 2000, a chanceler não enfrentou opositores neste oitavo escrutínio que teve lugar esta terça-feira, 9 de Dezembro, na cidade de Colónia. Das oito eleições, a chanceler nunca venceu com menos de 88% de votos. A votação mais baixa foi alcançada em 2004 quando venceu com, precisamente, 88,4%; a mais elevada foi alcançada neste escrutínio com 97,9%.

 

No seu discurso de vitória, a política conservadora sublinhou que conseguiu equilibrar as contas públicas alemãs pela primeira vez em 46 anos, depois de ser eleita em 2005 pela primeira vez para chanceler da Alemanha.

 

"O Estado viveu acima dos seus meios durante décadas e estamos agora a colocar um fim a isto. Isto é um acontecimento histórico", disse, citada pela Bloomberg.

 

Já a olhar para as próximas eleições federais, que vão ter lugar em 2017, Merkel pediu aos seus apoiantes para lutar contra a possível criação de uma coligação à esquerda, formada pelo SPD, os Verdes e o Die Linke. Recorde-se que o SPD, de centro-esquerda, integra a actual coligação governamental.

 

Estas palavras acontecem depois de uma coligação de esquerda, liderada pelo Die Linke, ter vencido uma eleição estadual no lander da Turingia.

 

O objectivo de Angela Merkel é agora alcançar um défice orçamental nulo, de 0%, no próximo ano. Durante o discurso agradeceu também o trabalho de Wolfgang Schäuble, o seu ministro das Finanças, conhecido por ser um defensor da austeridade como ferramenta orçamental.

 

A chanceler defendeu a necessidade dos parceiros europeus continuarem a reduzir os seus défices orçamentais. "Não é pieguice alemã quando continuamos a falar do pacto de estabilidade e crescimento e dizemos que é preciso mantê-lo".

 

No entanto, os números parecem contrariar a chanceler alemã. Dados divulgados hoje demonstram que as importações alemãs registaram a maior queda em quase dois anos no mês de Outubro. A maior economia europeia está assim a comprar menos bens e serviços aos seus parceiros europeus, sinalizando que a sua economia está a registar um abrandamento.

 

Já as exportações alemãs também registaram um abrandamento durante este período. Berlim está assim a vender menos aos seus principais parceiros comerciais, os outros membros da Zona Euro, demonstrando que a região está a arrefecer economicamente.

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