Angela Merkel vai ser a próxima chanceler da Alemanha, anunciou a própria, confirmando que vai presidir a um Governo de coligação com os sociais democratas. A líder conservadora torna-se assim na primeira mulher à frente da maior economia da Europa.

«Decidimos iniciar negociações formais com o SPD para uma coligação. A União (os dois partidos democratas-cristãos, CDU e CSU) ocupará a Chancelaria. A União e o SPD terão o mesmo número de membros no governo», disse Merkel em conferência de imprensa.

Os dois partidos sociais democratas cristão, CDU e CSU ficam com 8 ministérios, 6 sob tutela da CDU e 2 tutelados pelo CSU. O SPD, liderado pelo ex-chancelor Gerhard Schroeder fica também com 8 ministérios anunciou Merkel dizendo que a divisão de ministérios foi «equilibrada e justa».

Os dois líderes dos principais partidos da Alemanha tiveram já três rondas de negociações com vista à criação de uma grande coligação no país depois do impasse pós eleitoras das legislativas do passado dia 18 de Setembro.

Por resolver e a atrasar o processo de negociações para a coligação estava a questão a liderança do novo Governo com os dois candidatos a parecerem irredutíveis no que tocava a esta questão.

O impasse está agora resolvido pelo que os dois partidos devem começar agora a delinear a estratégia da coligação.

Merkel, no anúncio feito hoje, deixou também claro que não há alternativa ao curso das reformas na Alemanha.

Na opinião da nova líder, o desemprego, que atinge quase cinco milhões de pessoas, e o défice orçamental alemão, que tem ultrapassado os 3% violando o Pacto de Estabilidade da União Europeia, desde 2001, serão dois dos grandes problemas que o futuro governo de coligação terá de superar.