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Ana Avoila deixa sindicalismo após 34 anos de dedicação exclusiva

Ana Avoila vai deixar o sindicalismo, após 34 anos de dedicação exclusiva, passando o testemunho a Sebastião Santana no 12.º congresso da Federação Nacional dos Sindicatos da Função Pública (FNSFP), que hoje se inicia em Braga.

Miguel Baltazar/Negócios
16 de Janeiro de 2020 às 07:48
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"Chegou o momento de dar lugar aos mais novos e a outros camaradas que vão dar continuidade ao nosso projeto sindical e eu vou poder fazer outras coisas na vida de que gosto e para as quais não tenho tido muito tempo", disse Ana Avoila, coordenadora da Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública, em entrevista à agência Lusa.

Funcionária pública há 44 anos, sempre trabalhou na área da Segurança Social, onde mantém o seu posto de trabalho, no departamento de recursos humanos do Instituto de Segurança Social.

A licenciatura em Direito, que terminou há 11 anos, permitiu-lhe concorrer a uma lugar de técnica superior, que não irá ocupar de facto dado que se irá aposentar em fevereiro, aos 66 anos.

O percurso sindical começou em 1982, quando foi eleita delegada sindical pelos seus pares, e quatro anos depois passou a ser dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública do Sul e Açores a tempo inteiro, integrando, nessa qualidade, a partir de 1993, a direção da Federação Nacional dos Sindicatos da Função Pública (FNSFP).

Ana Avoila coordena a FNSFP há cerca de 16 anos, assim como a Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública.

Enquanto coordenadora da federação passou a integrar a Comissão Executiva da CGTP em 2004, lugar que também abandona no próximo congresso da central sindical, que se realiza em fevereiro.

"Mas não vou ficar parada, vou trabalhar na área do Direito, pretendo fazer pareceres jurídicos, gosto sobretudo do Direito Constitucional e já tenho algumas propostas", disse Ana Avoila, explicando que até agora nunca exerceu advocacia porque considerava que não o devia fazer por estar no sindicalismo a tempo inteiro.

Apenas tratou de alguns casos de forma gratuita, para ajudar algumas pessoas que lhe pediram apoio.

Mas, agora, pretende dar mais uso ao escritório que tem no Barreiro, onde reside.

Ana Avoila disse à Lusa que deixa o sindicalismo com a convicção de que a FNSFP, e o movimento sindical unitário em geral, estão preparados para os desafios futuros e para dar resposta aos problemas dos trabalhadores.
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