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Álvaro Barreto é superministro e Mexia fica com pasta das Obras Públicas
Álvaro Barreto foi nomeado ministro de Estado e dos Assuntos Económicos do próximo Governo, uma nova pasta que integra a Economia e o Trabalho, inspirado no modelo alemão, apurou o Jornal de Negócios. Mexia vai ser ministro das Obras Públicas, Transporte
Álvaro Barreto foi nomeado ministro de Estado e dos Assuntos Económicos do próximo Governo, uma nova pasta que integra a Economia e o Trabalho, inspirado no modelo alemão, apurou o Jornal de Negócios. Mexia vai ser ministro das Obras Públicas, Transporte Comunicações.
O ex-ministro de Cavaco Silva e actual administrador-executivo da Portucel e com fortes ligações aos grupos Mello e Sonae, assume, assim, a segunda posição na hierarquia do Governo, substituindo o primeiro-ministro nas suas ausências.
António Mexia assume, por seu turno, a pasta das Obras Públicas, dos Transportes e das Comunicações, o que constitui igualmente uma reformatação da actual orgânica do Executivo, "roubando" à Economia a tutela das telecomunicações e correios.
O ainda gestor da Galp, que manteve fortes divergências com o Governo que está a cessar funções, nomeadamente com o ministro Carlos Tavares, tem nas empresas públicas de transportes uma das suas áreas prioritárias de actuação.
O sucessor de Carmona Rodrigues é um seguidor do princípio do utilizador-pagador e pensa que o actual modelo de financiamento destas empresas altamente deficitárias é aberrante, discordando nomeadamente com a política de tarifas.
Ainda neste sector e sobre a gestão da TAP, o Jornal de Negócios sabe que António Mexia está empenhado em segurar a equipa de brasileiros liderada por Fernando Pinto, nem que isso custe a cabeça do actual "chairman" da transportadora aérea, António Cardoso e Cunha. O futuro ministro dos Transportes já comunicou essa sua intenção a Pedro Santana Lopes.
Barreto é actualmente administrador da Portucel e pertence aos órgãos sociais da Somincor, Médio Tejo, Portugália, Nutrinveste, Mellol e Nova Robbialac.
No seu percurso político, foi ministro da Indústria, da Energia, do Comércio e Turismo, da Agricultura e da Integração Europeia, ao longo de 10 anos entre 1978 e 1990. Foi deputado em seis legislaturas.