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Alemanha quer atrair 400 mil trabalhadores qualificados por ano para enfrentar escassez de mão-de-obra

É um dos planos do novo governo resultante da chamada “coligação semáforo”: a Alemanha quer atrair 400 mil trabalhadores qualificados por ano, vindos do estrangeiro, para enfrentar a falta de mão-de-obra e equilibrar a demografia.

21 de Janeiro de 2022 às 12:17
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Na Alemanha, a escassez de trabalhadores qualificados é já identificada pelo novo governo como uma das ameaças à recuperação económica da maior economia da zona euro. A juntar a isso, também o desequilíbrio demográfico cria desafios em solo germânico.

Perante este cenário, o novo governo alemão, que resulta da "coligação semáforo" entre os sociais-democratas do SDP, os liberais do FDP e os Verdes, quer atrair 400 mil trabalhadores qualificados a cada ano. Os planos foram detalhados à revista WirtschaftsWoche por Christian Duerr, líder parlamentar dos liberais FDP.

"A falta de trabalhadores qualificados tornou-se tão séria que agora está a abrandar de forma dramática a nossa economia", avançou este porta-voz, citado pela agência Reuters. "Só podemos controlar o problema de uma força de trabalho a envelhecer com uma política moderna de imigração. Temos de atingir a marca dos 400 mil trabalhadores vindos do estrangeiro o mais depressa possível", indicou Christian Duerr.

A nova coligação já acordou que, para tornar o país mais atrativo, haverá um aumento do salário mínimo nacional de 12 euros por cada hora de trabalho.

O Instituto Económico da Alemanha estima que a força de trabalho no país vá encolher em mais de 300 mil pessoas este ano, uma vez que estão previstas mais pessoas a reformarem-se do que jovens a entrar no mercado de trabalho. Em 2029, a diferença poderá ser ainda maior, com menos 650 mil pessoas a trabalhar.

No ano passado, a população empregada da Alemanha cresceu para quase 45 milhões de pessoas, apesar dos desafios trazidos pela pandemia de covid-19.

Em 2020, de acordo com dados do Destatis, 21,9 milhões de pessoas na Alemanha tinham um histórico de migração, representando 26,7% do total da população alemã. Para esta estatística, as autoridades alemãs consideram como tendo histórico de migração caso a pessoa ou pelo menos um dos seus progenitores não tenha obtido a cidadania alemã através de nascimento.
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