Notícia
Ajuda internacional desencadeia crise política na Irlanda
Depois dos Verdes terem anunciado que vão abandonar a coligação governamental, vários partidos da oposição pediram a saída do governo de Brian Cowen e eleições imediatas. Nas ruas, os irlandeses começam a protestar contra a ajuda internacional.
22 de Novembro de 2010 às 17:12
Um dia após o governo irlandês ter cedido às pressões internacionais para aceitar a ajuda da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional, aumentam de tom as críticas ao governo. O Executivo de Cowen está debaixo de fogo e de vários lados chegam pedidos para que se demita e marque eleições antecipadas.
Eamon Gilmore, líder do partido trabalhista, pediu a dissolução do Parlamento e a convocação imediata de eleições legislativas.
O Governo irlandês deve apresentar ainda esta semana o plano de austeridade para os próximos quatro anos. O Orçamento do Estado para 2011 vai ser votado no próximo dia 7 de Dezembro.
No entanto, o Governo – apesar da coligação que tem no parlamento com os Verdes – pode não ter a maioria necessária para aprovar o documento. Isto porque dois deputados independentes avisaram esta manhã que poderão não votar a favor do Orçamento do Estado.
Michael Lowry, um dos deputados independentes, afirmou ser "muito pouco provável" que venha a apoiar este orçamento, indicando, de acordo com o "Financial Times", que deveriam haver eleições antes da aprovação do documento.
Já Jackie Healy Rae, independente por Kerry South, afirmou "que já não apoia este governo" e que "é muito, muito pouco provável" que apoie o Orçamento do Estado.
Os avisos dos dois deputados surgem depois dos Verdes, membros da coligação governamental, terem revelado que vão abandonar a coligação após 7 de Dezembro. Os Verdes pediram a Brian Cowen que marque eleições para a segunda metade de Janeiro de 2011
O partido explicou que tomou esta decisão após uma semana "traumática" para o eleitorado, em que este se sentiu "enganado" e "traído".
"Sempre dissemos que o nosso envolvimento no governo só continuaria enquanto fosse para benefício do povo irlandês. Deixar o país sem governo enquanto estas questões [Orçamento do Estado] não estão resolvidas seria muito prejudicial e quebraria o nosso dever", afirmou esta manhã o líder do Verdes.
No entanto, "chegámos a um ponto em que o povo irlandês precisa de certezas políticas que vão além dos próximos dois meses". "Assim, acreditamos que é altura de marcar a data das próximas eleições gerais para a segunda metade de Janeiro de 2011".
Eamon Gilmore, líder do partido trabalhista, pediu a dissolução do Parlamento e a convocação imediata de eleições legislativas.
No entanto, o Governo – apesar da coligação que tem no parlamento com os Verdes – pode não ter a maioria necessária para aprovar o documento. Isto porque dois deputados independentes avisaram esta manhã que poderão não votar a favor do Orçamento do Estado.
Michael Lowry, um dos deputados independentes, afirmou ser "muito pouco provável" que venha a apoiar este orçamento, indicando, de acordo com o "Financial Times", que deveriam haver eleições antes da aprovação do documento.
Já Jackie Healy Rae, independente por Kerry South, afirmou "que já não apoia este governo" e que "é muito, muito pouco provável" que apoie o Orçamento do Estado.
Os avisos dos dois deputados surgem depois dos Verdes, membros da coligação governamental, terem revelado que vão abandonar a coligação após 7 de Dezembro. Os Verdes pediram a Brian Cowen que marque eleições para a segunda metade de Janeiro de 2011
O partido explicou que tomou esta decisão após uma semana "traumática" para o eleitorado, em que este se sentiu "enganado" e "traído".
"Sempre dissemos que o nosso envolvimento no governo só continuaria enquanto fosse para benefício do povo irlandês. Deixar o país sem governo enquanto estas questões [Orçamento do Estado] não estão resolvidas seria muito prejudicial e quebraria o nosso dever", afirmou esta manhã o líder do Verdes.
No entanto, "chegámos a um ponto em que o povo irlandês precisa de certezas políticas que vão além dos próximos dois meses". "Assim, acreditamos que é altura de marcar a data das próximas eleições gerais para a segunda metade de Janeiro de 2011".