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Agente da PSP vai liderar equipa de segurança no Mundial do Qatar

Jorge Maurício, atual comandante metropolitano de Lisboa da PSP, pediu uma licença sem vencimento após ser escolhido pela Interpol para coordenar o Projeto Stadia até ao final da competição de futebol em 2022.

Reuters
06 de Janeiro de 2020 às 13:28
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A equipa constituída pela Interpol para apoiar o planeamento da segurança e policiamento em redor do próximo campeonato do mundo de futebol, agendado para 2022 no Qatar, vai ser coordenada pelo português Jorge Alexandre Gonçalves Maurício, superintendente-chefe da PSP.

 

O atual comandante metropolitano de Lisboa da PSP, 53 anos, vai exercer estas novas funções entre janeiro de 2020 e outubro de 2022, depois de ter sido escolhido pela polícia internacional para liderar o Projeto Stadia, criado em 2012 por um prazo de uma década e financiado pelo Qatar, cuja economia está a perder fôlego.

 

Licenciado em Ciências Policiais pela antiga Escola Superior de Polícia, Jorge Maurício liderou antes o comando operacional da PSP em Setúbal, foi comandante distrital em Beja, em Faro e também oficial de ligação do Ministério da Administração Interna junto da embaixada em Cabo Verde e integrou a força policial da ONU na Bósnia-Herzegovina.

 

Segundo a informação avançada pelo Governo esta segunda-feira, 6 de janeiro, o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, já autorizou esta dispensa de serviço através de uma licença sem vencimento, que consta de um despacho conjunto assinado com a secretária de Estado dos Assuntos Europeus, Ana Paula Zacarias.

 

Qatar, entre polémica e corrupção

 

Anunciada a 2 de dezembro de 2010, foi polémica a escolha do Qatar para a organização do Mundial de futebol, em detrimento das candidaturas dos EUA, Coreia do Sul, Japão e Austrália, tendo mesmo abalado a estrutura diretiva da FIFA, com a demissão de Joseph Blatter, da presidência deste organismo.

 

Uma investigação das autoridades francesas sobre a possível interferência dos poderes político e desportivo na atribuição da competição ao Qatar levou, em junho de 2019, à detenção do antigo presidente da UEFA, Michel Platini, por suspeitas de corrupção, num caso em que estão também em causa os crimes de associação criminosa e tráfico de influências.

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