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Agência de "rating" europeia deve custar 300 milhões de euros
A criação de uma agência europeia de "rating", como tem vindo a ser defendido, deverá custar 300 milhões de euros, segundo os cálculos da consultora Roland Berger. E as comissões cobradas serão inferiores em mais de 50% às da Fitch, Moody’s e S&P.

“No final de 2011, teremos criado um consórcio que pode ter até 25 participantes, devendo cada um deles investir 10 milhões de euros”, segundo o excerto de um artigo de Krall que será publicado amanhã na revista mensal “Capital” e que é citado hoje pela Reuters.
A revista “Capital” avança também, citada pela Reuters, que essa agência europeia cobrará pela atribuição de “ratings” menos de metade do valor que é cobrado pelas três grandes agências norte-americanas.
E como é que se conseguirá cobrar menos de metade do que aquilo que é exigido pela Fitch, pela Moody’s e pela Standard & Poor’s? A resposta está no facto de as comissões à agência serem pagas pelos investidores e não por quem emite a dívida que será avaliada.
Na semana passada, a chanceler alemã Ângela Merkel e os seus parceiros na coligação governamental avançaram com a proposta de criação de uma agência de “rating” na Europa, sublinha a Reuters, acrescentando que outras fontes declararam ter o apoio de famílias alemãs abastadas no sentido de ser criada uma agência com sede na Suíça. Tratam-se de duas propostas diferentes, mas ambas têm em mente o mesmo propósito: combater a dominância das três grandes.