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"Adeus recessão". Goldman ainda mais otimista sobre crescimento da Zona Euro
O banco de investimento acredita que a inflação na Zona Euro deve permanecer elevada em janeiro e fevereiro para depois descer rapidamente para 5,5% em meados do ano e 3,25% no quarto trimestre.
"Adeus recessão". É esta a expressão que serve de título à nota de "research" em que o Goldman Sachs afasta este cenário da Zona Euro.
O banco de investimento voltou a atualizar as previsões para o bloco da moeda única, tendo em conta os dados económicos "resilientes", a "queda dos preços do gás", a "melhoria das condições financeiras", assim como a "reabertura da economia chinesa".
Assim, perante estes dados, "reiteramos a nossa posição" de um "outlook" positivo para a Zona Euro, escreve o Goldman.
Esmiuçando todos estes fatores um por um, o banco de investimento começa pelos dados económicos e recorda que, segundo o gabinete de estatística alemão, a economia da Alemanha - a maior do bloco - deve ter estagnado, "o que faz subir a nossa previsão de crescimento [da Zona Euro] para 0,7%".
Ao apontar este valor, o banco de investimento revê assim em alta o crescimento da economia da Zona Euro em 0,1 pontos percentuais, já que na última nota mirava os 0,6%.
Atualmente, o consenso dos analistas aponta para um crescimento no acumulado deste ano de apenas 0,1%.
O Goldman refere ainda que o "PMI de janeiro sugere que provavelmente a dinâmica de crescimento recomeçou desde o início deste ano".
Além disso, o banco de investimento acredita que haverá um reforço "da procura externa" e uma "queda dos preços do gás".
Já olhando para a reabertura da economia chinesa, os economistas do gigante de Wall Street acreditam que esta irá contribuir para um crescimento concreto de 0,2% nos próximos quatro trimestres, sendo que Alemanha deve ser o país a registar maior impacto deste fator, enquanto a economia espanhola deve ser a que menos vai sentir os efeitos deste acontecimento.
No que toca às projeções relativas à inflação, o banco de investimento mantém também o seu otimismo.
"A inflação medida pelo IHCP [Índice Harmonizado de Preços no Consumidor] deve continuar elevada em janeiro e fevereiro para depois descer rapidamente para 5,5% em meados do ano e 3,25% no quarto trimestre", remata o Goldman Sachs.