A actividade económica em Portugal voltou em Julho a dar sinais de abrandamento, agravando os riscos de uma estagnação da taxa de crescimento em 2005. O indicador coincidente mensal calculado pelo banco de Portugal registou uma taxa de variação homóloga negativa de 0,5%, um novo recuo face aos -0,3% de Junho. Desde meados de 2004 que este indicador, que agrega as expectativas dos agentes económicos e os últimos resultados concretos registados nos vários sectores de actividade, se encontra em trajectória descendente. Com uma entrada no terceiro trimestre novamente negativa, podem ficar em causa as expectativas de uma retoma da actividade na segunda metade de 2005. O Banco de Portugal projecta uma taxa de crescimento de 0,5% para este ano, estando implícita nesta estimativa uma melhoria do desempenho económico a partir do terceiro trimestre. A deterioração dos indicadores de confiança dos agentes económicos foi a principal causa para a descida do indicador coincidente, já que os dados referentes ao comércio a retalho apontaram para uma melhoria.