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Actividade económica da zona euro melhora em Janeiro
A subida acentuada dos preços das acções no último trimestre de 1999, embora invertida em termos parciais no início de Janeiro, aponta para expectativas de uma melhoria da actividade económica na...
Nos mercados financeiros, as taxas de juro de longo prazo aumentaram em quase 40 pontos base entre Novembro de 1999 e 4 de Janeiro de 2000, acompanhado em parte a evolução das taxas de rendibilidade das obrigações nos Estados Unidos da América (EUA), mas também em resposta às informações positivas sobre a actividade económica na zona do euro, que reforçam as perspectivas de recuperação económica, reforça o BCE.
O crescimento do PIB, em termos reais, continua a ganhar dinamismo, permitindo a revisão em alta das previsões para um crescimento do produto e do comércio a nível mundial. Fora da zona euro, reflecte não só o forte crescimento sustentado0 verificado nos EUA, mas também a melhoria do crescimento do produto previsto para outros países industrializados e a forte recuperação nas economias dos mercados emergentes da Ásia.
A evolução recente em relação à actividade económica da zona euro contribui também para a melhoria das perspectivas para a economia mundial. Segundo previsões realizadas pelo Eurostat, para o crescimento do PIB na eurolândia, indicam uma aceleração significativa da actividade económica no terceiro trimestre do ano passado.
Os valores relativos aos «dados dos inquéritos ao sector industrial apontam para a continuação de um forte crescimento do produto também nos últimos três meses de 1999», informa o BCE, acrescentando ainda que «em geral, os indicadores disponíveis apontam para uma melhoria do crescimento económico.
Para além disso, o elevado grau de confiança dos consumidores sugere um crescimento sustentado do consumo privado, beneficiando ainda do crescimento do emprego.
Contudo, a anterior evolução da taxa de câmbio e mesmo do preço do petróleo provocarão, por si só, algumas flutuações na série de taxas de inflação homólogas do Índice Harmonizado de Preços do Consumidor (IHPC), «em parte devido aos efeitos da base» refere o BCE através do relatório divulgado. Assim, assumindo que estes factores não continuem a exercer mais pressões ascendentes na inflação num futuro próximo, esperar-se-ia que a taxa de crescimento homóloga do IHPC atingisse um nível máximo no início deste ano, descendo de seguida.
Em termos de perspectivas de evolução dos preços a médio prazo, «é fundamental que o movimento ascendente imediato nos IPC não se traduza em pressões inflacionistas gerais, e em especial que não desencadeie efeitos de segunda ordem, tais como, reivindicações salariais excessivas» realça o estudo do BCE, avançando que «o Conselho do BCE, neste contexto, permanece confiante, mas atento».