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Ao minuto07.03.2024

A rua é rainha no último dia de campanha eleitoral

As máquinas partidárias apostam tudo na rua para convencer os eleitores. De Braga a Lisboa, passando pelo Porto, todos colocam esforços em contactos diretos com a população. A AD parte para o último dia com o ânimo de sondagens favoráveis. PS mantém confiança.

Negócios com Lusa 07 de Março de 2024 às 21:40
07.03.2024

A rua é rainha no último dia de campa eleitoral

Não há como escapar-lhe. O apelo da rua atravessa todas as campanhas partidárias e é na rua que a aposta é grande no último dia antes das eleições de domingo.

Esta quinta-feira, de norte a sul, todos os partidos estiveram no exterior. Por vezes a chuva não ajudou, mas todos acabaram por arriscar, mesmo com a forte possibilidade de uma arruada encharcada. Foi o que aconteceu à caravana socialista na descida pela rua de Santa Catarina, no Porto. “Não é nada mau presságio”, afirmou Pedro Nuno Santos. “Chuva é abençoada, olhem a força mesmo com esta chuva”, exclamou.

Também no Porto, a arruada da AD, talvez impulsionada pelos resultados das últimas sondagens, teve receção entusiasmada. “As eleições não estão ganhas”, avisou Luís Montenegro, afirmando que “não há ninguém em Portugal que não acredite que as podemos ganhar”. Esta sexta-feira, a AD encerra a campanha em Lisboa e terá nomes de peso: Cavaco Silva e Manuela Ferreira Leite juntam-se ao líder da AD, bem como a ex-ministra da Saúde Leonor Beleza. A descida do Chiado foi cancelada devido à previsão de mau tempo.

A sul, onde apostou na campanha, o Chega também teve uma arruada molhada. Em Portimão, André Ventura afirmou que a “política não é futebol, não mudamos de clube, mas mudamos de partido”, pedindo uma oportunidade contra 50 anos de PS e PSD.

Já esta quinta-feira os pesos pesados do PCP juntaram-se à caravana da CDU na descida do Chiado, em Lisboa. O secretário-geral comunista, Paulo Raimundo, desceu a rua com Jerónimo de Sousa, Carlos Carvalhas, João Ferreira ou João Oliveira. Desvalorizou as sondagens e dramatizou o voto: “Precisamos do ânimo e do voto. Temos de ir ao contacto, ao esclarecimento e abrirmos a porta a mais um voto”, sublinhou Paulo Raimundo.

Pelo Porto esteve também a campanha da Iniciativa Liberal que esta sexta fechará em Leiria e Lisboa. Na Invicta, a caravana da IL evitou cruzar-se com a AD, e o líder Rui Rocha deu uma leitura a este desencontro para vincar caminhos diferentes: “Fizemos o nosso caminho, não é a primeira vez que não esperamos pela AD, é típico do que temos feito”.

Mais a norte, não muito longe, a coordenadora do Bloco de Esquerda apelou ao voto das mulheres. “O voto de cada mulher vale tanto como qualquer outro” e é uma “barreira contra a direita e a extrema-direita”, apelando à participação na manifestação desta sexta-feira.

Já a porta-voz do PAN, Inês Sousa Real, argumentou que “dar mais um ou outro deputado ao PS ou PSD não fará qualquer diferença”, enquanto Rui Tavares, do Livre, manifestou-se crente de que a esquerda “pode virar as eleições” legislativas de domingo.

Lisboa, Porto, Braga, Setúbal , Aveiro e Leiria foram os concelhos escolhidos pelos partidos para o encerramento das campanhas. Os comícios noturnos também não vão faltar. É ali que surge a última oportunidade para fazer passar a mensagem a quem ainda possa estar indeciso. E a últimas sondagens apontam para valores elevados que podem mudar os sinais que são dados pelos inquéritos mais recentes. Sábado é dia de reflexão. Domingo mais de 10,8 milhões de eleitores são chamados às urnas.

Partidos ainda apostam tudo nas arruadas As arruadas ainda são a força dos partidos junto dos eleitores. Nas duas últimas semanas, a aposta foi uma quase repetição a papel químico de campanhas passadas. As caravanas passaram pelos locais emblemáticos: Santa Catarina, no Porto, Rossio, em Évora, o Chiado, em Lisboa, o mercado municipal de Braga. São apenas alguns exemplos. Mas o grande teste de rua é a tradicional descida do Chiado. Quase todos passam por lá e, se ainda não aconteceu, esta sexta-feira o centro de Lisboa tem agenda completa. A arruada começa no Largo Camões, o destino é o Rossio.

 

07.03.2024

Mortágua com universitários a defender que alojamento não é sorte mas sim direito

Para dizer aos estudantes universitários que ter alojamento não é um privilégio mas um direito, Mariana Mortágua esteve hoje nas residências da Faculdade de Letras do Porto com o compromisso bloquista com a descida dos preços da habitação.

Num dia chuvoso na cidade invicta, o barulhento bar da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP) foi o ponto de encontro da caravana do BE com os estudantes.

Mariana Mortágua entrou no bar e o espaço carregado de estudantes ficou um pouco mais caótico graças ao grupo de jornalistas que acompanham a campanha, mas sobretudo devido às pessoas que queriam cumprimentar a líder do BE e tirar as já habituais selfies desta campanha.

O grupo seguiu pelos corredores da FLUP e, através do exterior, acedeu às residências universitárias onde decorreu uma conversa informal com os estudantes que quiseram partilhar as suas dificuldades e ansiedades na hora de encontrar alojamento quando entram no ensino superior.

Primeiro foi Soraia a contar sobre o sobressalto que viveu, uma vez que depois de já ter entrado na faculdade, não sabia se poderia ficar com a sua vaga porque "não tinha casa e não tinha condições económicas".

Seguiu-se Adriana, que está a estudar arquitetura, e partilhou a pressão de só ter conseguido uma espécie de "uma bolsa extra" pelos seus méritos académicos.

"E houve uma situação muito constrangedora e muito humilhante com uma assistente social que me perguntou diretamente: 'se tem tantas dificuldades económicas porque é que está a estudar?'", relatou, confessando que este foi um episódio que a marcou e humilhou.

Seguiram-se outros testemunhos e, depois de os ouvir atentamente, Mariana Mortágua defendeu, em declarações aos jornalistas, que é preciso "olhar de frente todos estes jovens e dizer-lhes que vale a pena vir para a universidade" e que "ter uma residência e ter uma casa não é um privilégio, é um direito de todas e de todos".

Estes jovens "que se batem com o problema da habitação" têm, segundo a líder bloquista, algo "em comum quando contam as suas experiências":

"Todos acham que lhes saiu a sorte grande por terem alugado uma residência, mesmo que essa residência não tenha cozinha, não tenha condições, não tenha água em certos períodos do dia", lamentou.

Para a líder do BE, este é o reflexo da realidade em Portugal "em que poder ter acesso a um alojamento enquanto se estuda tornou-se num desafio imenso e numa sorte quando acontece", sendo um fator de "fator de empobrecimento de muitas famílias e que está a afastar muitos jovens da universidade".

"E impõe uma carga e uma ansiedade que não é suposto a pessoas de 18 anos, 17 anos quando estão a entrar para a universidade sentirem que é o medo de não saber se conseguem ir para a universidade que escolheram porque não sabem se podem pagar um alojamento", apontou.

Este, segundo Mortágua, "é um medo que não se deveria sentir em Portugal 50 anos depois do 25 de Abril".

Aproveitando o momento para reiterar o compromisso do BE com a descida dos preços da habitação, a líder do BE criticou a prioridade que tem sido dada ao turismo nas grandes cidades.

"A Universidade do Porto vendeu património que poderia vir a ser residências estudantis para construir hotéis de luxo. Vemos isso um pouco a acontecer por todas as cidades, é muito importante que todo o património público seja mobilizado para a construção de residências", defendeu.

Mortágua aproveitou ainda para reiterar as propostas dos tetos às rendas, da proibição de venda de casas para estrangeiros não residentes e medidas que tragam casas para o mercado da habitação e não "para o alojamento local desenfreado".

07.03.2024

Livre é essencial para dar "diferença de tom" e "maturidade" à esquerda, diz RuiTavares

O porta-voz do Livre defendeu hoje que o partido é essencial para dar "uma diferença de tom" e de "maturidade" à esquerda e ambiciona ser o partido que "mais crescerá em termos proporcionais" na noite de domingo.

"[O Livre] é essencial para dar uma diferença de tom e de atitude à esquerda. Nós estamos a ajudar a esquerda a ganhar, mas as pessoas também querem uma esquerda que tenha crescido em maturidade e que inclua novos temas que antes não eram temas tradicionais à esquerda como a ecologia, a Europa e os direitos humanos", defendeu Rui Tavares.

O deputado e cabeça de lista por Lisboa para as legislativas de domingo falava aos jornalistas em Cacilhas, após uma viagem de barco que teve início em Lisboa, acompanhado por uma comitiva do partido, que incluiu o 'número um' por Setúbal, Paulo Muacho.

Tavares traçou ainda um objetivo para a noite eleitoral de domingo: "Achamos perfeitamente possível que o Livre seja o partido que percentualmente mais crescerá à proporção", comparativamente às legislativas de 2022, nas quais obteve 1,28% dos votos (correspondente a cerca de 71 mil boletins).

"Todos os nossos candidatos e candidatas podem compor uma bancada que nos permita dar uma resposta já na noite do próximo domingo, de que ao contrário do que muitos comentadores foram dizendo, e ao contrário do que alguns partidos foram tentando insuflar, o discurso que mais crescerá em termos proporcionais não seja o discurso da divisão e do ódio representado pela extrema-direita", considerou.

O Livre, continuou, representa "um discurso do futuro, da ecologia, da Europa e dos direitos humanos".

Confiante numa vitória da esquerda, Rui Tavares defendeu que a direita democrática necessita de "resolver o problema do extremismo" e refazer-se.

"E uma coisa eu vos garanto: a esquerda ganhar estas eleições significa que as ganhará através de deputados e deputadas que o Livre conquistar", frisou.

Para o dirigente, "o Livre é neste momento um voto decisivo para, entre a esquerda e a direita democrática, sairmos do empate técnico e a esquerda ganhar estas eleições".

Tavares mostrou-se convicto de que "as pessoas não estão certamente indecisas em relação aos seus valores", sendo a favor "da tolerância".

No ano em que se celebra 50 anos do 25 de Abril de 1974, que assinala a 'Revolução dos Cravos' e o fim de 48 anos de ditadura, o dirigente argumentou que Portugal é um país no qual "sociologicamente a esquerda tem uma importância muito grande".

"Acreditamos que há uma maioria de gente que não quer ver uma política de ódio nem de divisão. Mas que também não querem ver esta galeria do passado que a Aliança Democrática [coligação que junta PSD, CDS-PP e PPM] nos tem apresentado. Acho que é muito difícil chegar ao final desta campanha eleitoral e dizer que a AD nos apresentou uma ideia para o futuro", criticou.

Tentando combater o voto útil, Tavares argumentou que "toda a gente que quer o progresso, a concórdia e um país de futuro com uma economia de alto valor acrescentado tem em quem votar, e é no Livre".

Paulo Muacho, cabeça-de-lista por Setúbal, acredita que será eleito no domingo como deputado à Assembleia da República, sustentando que as sondagens permitem essa expectativa, mas não só, apontando que "a sondagem na rua tem sido muito positiva".

Numa viagem em que a agitação do rio foi balançando o cacilheiro, Tavares lamentou que os passes de mobilidade nacional não incluam o percurso Setúbal-Tróia, "onde muita gente que trabalha de um lado e vive do outro precisa de utilizar o ferry todos os dias".

O deputado afirmou que esta foi uma medida apresentada pelo Livre nas negociações orçamentais e que o PS "não quis implementar".

Tavares criticou também o facto de terem sido compradas "baterias elétricas para os cacilheiros que nunca foram utilizadas" e ainda a falta de acessibilidades nestas embarcações para pessoas com dificuldades de mobilidade.

07.03.2024

Paulo Raimundo nega "linhas vermelhas" para acordo, mas não passa "cheques em branco"

O secretário-geral do PCP recusou hoje que haja linhas vermelhas num eventual acordo pós-eleitoral, mas avisou que rejeitará "cheques em branco" e que as convergências serão em função do conteúdo das soluções.

Em declarações aos jornalistas durante uma arruada no Barreiro, onde contou com o apoio de cerca de 200 pessoas, Paulo Raimundo reafirmou a disponibilidade da Coligação Democrática Unitária (CDU, que junta PCP e PEV) para entendimentos, assegurando que "não há nenhuma intransigência" e que "não há nenhumas linhas vermelhas".

"Somos os mais disponíveis para encontrar soluções para resolver os problemas das pessoas. Agora, não passamos cheques em branco. Connosco, não peçam cheques em branco. Não peçam uma ideia geral da forma desligando do conteúdo. Não, isso connosco não dá. Agora, para aumentar salários e reformas, para encontrar soluções para pôr a banca a pagar o aumento das taxas de juro, para pôr uma norma-travão às rendas, para fixar os preços da alimentação, para isso tudo cá está a CDU", disse.

O líder comunista salientou a abertura para "propor e para convergir com propostas que venham de outros" e descartou que esteja a criticar o PS de forma gratuita nos últimos dias, apontando apenas o dedo às opções políticas socialistas.

"Nós não falamos mal do PS por falar. Nós criticamos as opções políticas do PS que ficaram bem expressas nestes últimos dois anos de maioria absoluta. E é isso que nós contestamos. Queremos e precisamos que mais gente convirja com o PCP para resolver os problemas das pessoas, venham elas de onde vierem. E haverá muitos que, por esta ou aquela razão, esta ou aquela chantagem, há dois anos acompanharam o PS na votação e que vão voltar à CDU porque já perceberam que é aqui que estão as soluções", continuou.

Questionado sobre os contactos que tem tido com o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, ou a coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, o líder da CDU admitiu que não voltou a falar com os seus homólogos desde o dia 26 de fevereiro, ainda a campanha estava no arranque.

"A última vez que falámos foi no debate que tivemos nas rádios, não tivemos mais nenhuma oportunidade de falar. Julgo eu que estamos todos muito ocupados para qualquer tipo de conversas", frisou.

Sublinhando novamente a sensação de crescimento da CDU "a cada dia da campanha que passa", Paulo Raimundo garantiu que os eleitores já perceberam as razões para os comunistas se terem afastado do PS em 2021, chumbando o Orçamento do Estado, e que não haverá uma penalização nas urnas por essa situação.

"Voltaria a chumbar aquele orçamento com as consequências que estão à vista", observou, reforçando: "Não é uma evidência que o grande erro não foi termos votado contra o Orçamento do Estado? Que o grande erro foram as opções de fundo do PS? É isso que é preciso alterar, mas isso só se altera com mais votos da CDU, porque é isso que vai obrigar o PS a vir às soluções necessárias".

Já no discurso no final da arruada, o secretário-geral do PCP realçou que os militantes comunistas não podem partir do princípio de que todas as pessoas conhecem as suas propostas para o país e lançou um apelo. "Que continuemos esta ação de formiguinha", finalizou.

07.03.2024

Chega diz que caravana foi atacada nas Caldas da Rainha e vai apresentar queixa

André Ventura afirmou esta terça-feira que alguns dirigentes do partido foram atacados durante uma ação de campanha nas Caldas da Rainha, distrito de Leiria, e indicou que vai apresentar queixa.

"Ainda hoje a nossa caravana em Leira foi novamente atacada, foram agredidos e uma jovem de 24 anos foi agredida dentro da carrinha que seguia com o símbolo do Chega", afirmou.

André Ventura, que está em Portimão, discursava num almoço/comício num restaurante daquele concelho algarvio.

"Nós vamos naturalmente apresentar a queixa que temos de apresentar", indicou, considerando que "o sistema está desesperado" perante a possibilidade de o Chega ganhar as eleições, apesar de as sondagens apontarem que continuará como terceira força política.

"Mas quem está igualmente desesperado são estes bandidos que andam pelo país todo a atacar-nos, porque eles sabem que o lugar deles vai ser na prisão a partir do dia 10 de março", acrescentou.

Sem nomear ninguém em concreto, o presidente do Chega considerou que ações como esta são "o sinal do desespero em que eles estão".

"Já perderam o debate da razão, o debate da racionalidade, já esqueceram a ideia de nos derrotar nos argumentos, estão no ataque, estão na violência e na injúria", argumentou, garantindo que o Chega não se intimida.

Fonte oficial do Chega indicou aos jornalistas que esta situação se passou "no centro das Caldas da Rainha" hoje de manhã e relatou que "um rapaz" abriu a porta de uma das carrinhas da caravana de campanha do partido, que estavam identificadas com bandeiras, despejou "um pacote de sumo por cima da cabeça" da condutora e "puxou-a para fora da carrinha".

"Depois, dirigiu-se aos outros carros e arrancou as bandeiras, danificou os carros com pontapés, partiu retrovisores e cuspiu nas pessoas", acrescentou, indicando que estavam presentes quatro pessoas do partido.

A mesma fonte indicou que o "presidente da distrital de Leiria foi falar com a polícia" mal se deu esta situação e já foi feito "relatório da ocorrência".

O Chega pôs também a circular um vídeo filmado de dentro de um carro, do lugar do passageiro, onde se vê um homem a dirigir-se à viatura e a arrancar as bandeiras que estão colocadas nas janelas.

No vídeo ouve-se o homem, coma garrafa na mão, a gritar "fascistas" e a tentar abrir a porta do lado do condutor.

Contactada pela Lusa, fonte da PSP indicou que o caso foi comunicado telefonicamente.

07.03.2024

PAN: "Dar mais um ou outro deputado ao PS ou PSD não fará qualquer diferença"

Inês Sousa Real, apelou esta quinta-feira ao voto no seu partido no domingo, argumentando que "dar mais um ou outro deputado ao PS ou PSD não fará qualquer diferença".

"Dar mais um ou outro deputado ao PS ou ao PSD não fará qualquer diferença, mas termos um grupo parlamentar faz toda a diferença para as causas que representamos. Apelo às pessoas que deem um voto a um partido que é de confiança, e que já demonstrou que trabalha o ano inteiro colocando à frente dos seus interesses político partidários os interesses das pessoas, dos animais e da natureza", disse.

Inês Sousa Real falava aos jornalistas durante uma ação de campanha no mercado do Livramento, em Setúbal, num dia em que encerra a sua campanha num jantar em Lisboa.

A porta-voz do PAN lembrou que em 2019 o partido elegeu uma deputada por Setúbal e apelou a todas as pessoas que voltem a votar no seu partido.

"Precisamos de dar mais força as causas que representamos, o PAN é a única força política que ao longo de todo o ano traz a preocupação com os animais, com a proteção do ambiente e com a dimensão dos direitos sociais quer em matéria do acesso a habitação, dos transportes públicos ou da saúde, questões tão prementes para o distrito", frisou.

Questionada sobre o apelo ao voto das mulheres feito por outros candidatos, Inês Sousa Real considerou que estes "defraudam as legitimas expectativas das mulheres" e que "o direito das mulheres podem não estar nos boletins de voto, mas estão no PAN".

"Somos a única força política que garantidamente tem trazido esta voz para o parlamento e que ao contrário de forças políticas como o PS e o PSD temos nas nossas listas, em lugares elegíveis, mulheres. Queremos garantir que o lugar das mulheres não é apenas na esfera da vida privada e familiar mas também na esfera pública e politica para que possamos decidir sobre o nosso futuro", frisou.

07.03.2024

Pedro Nuno faz veemente apelo à "maioria invisível" que votou PS em 2022

O secretário-geral do PS fez hoje um veemente apelo aos eleitores da "imensa maioria invisível" que deu a vitória aos socialistas em 2022, assumiu insatisfação nesse eleitorado, mas defendeu que a crise de inflação foi ultrapassada.

Esta posição foi transmitida por Pedro Nuno Santos no discurso que proferiu num almoço-comício em Marco de Canaveses, depois da intervenção do cabeça de lista socialista pelo Porto, Francisco Assis, e antes de esta tarde fazer a tradicional arruada em Santa Catarina, na baixa da segunda cidade do país.

"O que está em causa no dia 10 de março é demasiado importante para desperdiçarmos ficando em casa. Dirijo-me aos que votaram no PS em 2022. Sabemos as dificuldades destes últimos dois anos, a crise inflacionistas encolheu os rendimentos. Mas nós, juntos, conseguimos ultrapassar esta crise inflacionista, como já tínhamos conseguido ultrapassar a crise da pandemia [da covid-19]", sustentou.

Segundo o secretário-geral do PS, o Governo ultrapassou as crises sem atingir quem trabalha e sem atingir quem trabalhou uma vida inteira".

"Confiem no PS, confiem em mim, não fiquem em casa", afirmou.

Para Pedro Nuno Santos, essa "imensa maioria invisível" que votou no PS nas eleições legislativas de 2022 "tem memória, mas não tem voz nem na televisão nem nas redes sociais e está sub-representada nas sondagens".

"Que esta maioria invisível, que votou no PS em 2022, use a sua voz, use o seu voto para termos uma grande vitória nas eleições. Não queremos uma mudança para trás. Se mobilizarmos essa maioria invisível, é o PS quem ganha as eleições no domingo", acentuou.

A seguir, traçou uma linha de demarcação com a AD (Aliança Democrática) em relação à política de rendimentos, dizendo que os seus adversários só em campanha falam em aumentos salariais e agora querem "reconciliar-se" com os pensionistas.

"Nós não falamos só de salários em campanha, nós praticamos aumentos salariais. Nós praticamos aumentos de pensões. Eles queriam tornar os cortes nas pensões permanentes", disse, numa alusão ao período da troika com o executivo de Pedro Passos Coelho.

O secretário-geral do PS voltou a criticar o presidente do PSD, Luís Montenegro, por ter introduzido o discurso sobre as mulheres na quarta-feira à noite.

"As mulheres não são uma nota de rodapé nos discursos do PS, não são acessório para as campanhas. São o centro da nossa intervenção política por respeito", assinalou.

Em Portugal, de acordo com Pedro Nuno Santos, as mulheres trabalham o dobro em relação aos homens ainda hoje em 2024".

"A maioria esmagadora das mulheres cuida das nossas crianças, dos mais idosos e das pessoas com deficiência. É preciso valorizar as mulheres. Na hora de progredir na carreira, as mulheres ficam para trás e os homens seguem caminho. As mulheres não são um acessório no nosso discurso, nós não falamos porque um assessor nos disse que era para se falar", declarou, numa nova alusão crítica ao líder social-democrata, Luís Montenegro.

Logo nas suas primeiras palavras, o secretário-geral do PS saudou a RTP pelo seu aniversário, hoje, salientando o caráter público desta televisão, mas também o cabeça de lista socialista pelo Porto.

"É muito bom fazer este caminho com Francisco Assis", acentuou, antes de destacar o socialista Nuno Araújo, seu amigo e um dos seus principais conselheiros políticos, assim como os ferroviários da região do Porto, "gente que se entrega ao trabalho".

07.03.2024

Cavaco Silva e Ferreira Leite juntam-se à campanha na AD no último dia

O antigo Presidente da República Aníbal Cavaco Silva vai juntar-se na sexta-feira à campanha da Aliança Democrática (AD), noticiou a TSF e confirmou a candidatura, sem revelar em que ponto da agenda marcará presença.

A mesma fonte da AD indicou que a antiga líder social-democrata Manuela Ferreira Leite também estará na sexta-feira na campanha, no almoço alusivo ao Dia da Mulher, que contará, ainda, com a participação da ex-ministra Leonor Beleza.

Em entrevista à TSF, que será divulgada na íntegra na sexta-feira da manhã, o presidente do PSD foi questionado se Cavaco Silva, que tem estado ao lado de Luís Montenegro em várias ocasiões, irá participar na campanha oficial para as legislativas antecipadas de domingo, que termina na sexta-feira.

"Vou responder-lhe com algum humor dizendo o seguinte: estou muito orgulhoso de ter tido o meu partido inteiro comigo", disse, reiterando perante a insistência do jornalista que "já disse tudo".

Já participaram na campanha da AD no período oficial seis antigos líderes: Pedro Passos Coelho, Durão Barroso, Luís Filipe Menezes, Marques Mendes, Pedro Santana Lopes e Rui Rio.

Na sexta-feira, a AD tem na agenda, totalmente dedicada ao concelho de Lisboa, uma arruada na Avenida da Igreja, um almoço alusivo ao Dia da Mulher, um comício no Campo Pequeno e uma festa da juventude, no Capitólio, tendo sido cancelada a arruada no Chiado, devido às previsões de mau tempo.

07.03.2024

Esquerda nunca baixou dos 37,9% e direita dos 34,6% em 17 votações

A soma das votações nos partidos de esquerda parlamentar nunca baixou dos 37,9% nas 17 eleições gerais realizadas desde o 25 de Abril de 1974, enquanto os da direita tiveram o seu pior resultado em 2019, ficando-se pelos 34,6%.

Em 17 eleições realizadas no Portugal democrático, incluindo as da Constituinte em 1975, a esquerda alcançou uma maior percentagem de votos por 12 vezes e a direita apenas cinco. O PS formou governo em 10 das 12 vezes em que a esquerda chegou à frente, tendo o PSD governado sete, duas delas com maioria de sinal contrário: no primeiro governo da AD, em 1979, e na primeira vitória de Cavaco Silva, em 1985.

O pior resultado percentual da soma dos partidos da esquerda com representação no parlamento registou-se nas legislativas de 1991, que deram a segunda maioria absoluta ao PSD de Cavaco Silva, uma eleição em que o PRD do general Ramalho Eanes desapareceu da Assembleia da República depois ter atingido os 18% em 1985.

A direita teve o seu maior desaire eleitoral em 2019, com as percentagens do PPD-PSD, CDS-PP, Chega e IL a somarem 34,6% e 86 deputados. O PSD, liderado por Rui Rio, alcançou 27,8%, o CDS-PP de Assunção Cristas registou 4,2% e o Chega de André Ventura e a IL de Carlos Guimarães Pinto tiveram 1,3% cada.

O PS de António Costa ganhou a eleição de 2019, com 36,3%, continuando a governar com o apoio parlamentar do PCP e do PEV (6,3% e 12 deputados), mas já sem o do BE (9,5% e 19 deputados). Nesse sufrágio, o Livre de Rui Tavares alcançou 1,1% e um deputado.

O maior desaire eleitoral da esquerda, com 37,9%, ocorreu em 1991, quando o PSD de Cavaco Silva alcançou a sua segunda maioria absoluta, com 50,6% e 135 deputados. Nessa eleição, a soma dos partidos da direita, neles incluído o PSN de Manuel Sérgio (o chamado partido dos reformados), atingiu 56,7% e 141 deputados. O PS era liderado por Jorge Sampaio, que viria a ser Presidente da República durante 10 anos, a coligação PCP-PEV pelo líder histórico dos comunistas, Álvaro Cunhal, e o PSR, que conseguiu 1,1% mas não elegeu qualquer deputado, por Francisco Louçã.

A soma aritmética dos resultados dos partidos à esquerda e à direita ganhou especial importância quando o PS de António Costa, depois de perder as eleições de 2015, rompeu com a tradição e decidiu governar com o apoio parlamentar do BE, PCP e PEV, dando origem a uma solução governativa que ficou conhecida como "Geringonça".

Se, à direita, há muito que não havia obstáculos à formação de coligações desde que, em 1979, o PPD de Sá Carneiro se coligou com o CDS de Diogo Freitas do Amaral e com o PPM de Gonçalo Ribeiro Telles na formação da Aliança Democrática (AD), a esquerda só em 2015 deu esse passo para tornar mais fácil soluções de governo na sua área política.

Apesar de muitos dirigentes políticos considerarem que deixou de fazer sentido a divisão entre esquerda e direita saída da Revolução Francesa de 1789, em que os partidários do rei se sentavam à direita da presidência da Assembleia Nacional e os revolucionários à esquerda, a verdade é que a governabilidade no Portugal democrático tem sido garantida por um ou pelo outro lado do espetro político.

A novidade relativamente às legislativas de dia 10 é o crescimento do Chega, da família política da extrema-direita europeia, com o qual os outros partidos prometem não fazer qualquer acordo. Faltará saber se, com Chega ou sem ele, a maioria política penderá para a esquerda ou para a direita e que soluções de governabilidade irá permitir.

07.03.2024

Montenegro: Partido Popular Europeu anteve "mudança política em Portugal"

O presidente do PSD, Luís Montenegro, disse ontem ao congresso do Partido Popular Europeu (PPE) antever uma "mudança política em Portugal" nas eleições de domingo, sublinhando também o apoio da Aliança Democrática (AD) a Ursula von der Leyen.

"Estamos a poucos dias de uma mudança política em Portugal. Tenho andado pelo país a ouvir e a falar com as pessoas, desde que fui eleito há um ano e meio, [mas] nas últimas semanas em particular a onda de apoio tem sido enorme e está a crescer de dia para dia, podemos sentir um vento de mudança", declarou Luís Montenegro, dirigindo-se numa mensagem em vídeo em inglês ao congresso do PPE, que hoje termina na capital romena de Bucareste.

Intervindo na ocasião enquanto líder da oposição, Luís Montenegro sublinhou o "projeto ambicioso" que a AD tem para Portugal.

"No dia 10 de março, Portugal tem dois caminhos possíveis: a opção socialista, que significa enormes problemas no sistema de saúde, na educação, na habitação e na justiça, e a nossa opção, que é um caminho para a esperança e o crescimento", apontou.

O líder social-democrata disse ainda que "as opções socialistas estão de braço dado com partidos radicais de extrema-esquerda anti-europeus e anti-NATO", enquanto a AD é composta pelos "partidos portugueses mais europeus".

Hoje, no congresso do PPE, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, deverá ser escolhida como cabeça de lista do partido de centro-direita para as eleições europeias de junho, sendo este o ponto alto do evento.

Falando sobre Ursula von der Leyen, Luís Montenegro vincou que esta "foi a candidata desde o início" para o PSD e CDS.

"Obrigado por tudo o que está a fazer e vai fazer pela Europa e pelos europeus. Orgulhamo-nos do seu trabalho e confiamos no futuro que dará ao nosso continente nos próximos cinco anos", adiantou o líder social-democrata.

Luís Montenegro agradeceu ainda o "apoio vibrante" do PPE e do seu presidente, Manfred Weber, bem como da líder da assembleia europeia, Roberta Metsola.

Na reunião magna do PPE, que arrancou na quarta-feira na capital romena e hoje termina, Ursula von der Leyen deverá ter o seu nome confirmado pela bancada europeia de centro-direita, duas semanas após ter anunciado a sua candidatura a 'Spitzenkandidat' (cabeça de lista), visando uma recandidatura à frente da Comissão Europeia por mais cinco anos.

Este será o ponto alto do evento, no qual se registaram 2.000 participantes de 44 países.

Na antevisão do evento, um alto funcionário do PPE disse à Lusa e a outros 'media' europeus que o grupo político de centro-direita conta atualmente "com 12 primeiros-ministros", esperando que "talvez cresça para 13 depois do próximo domingo", numa alusão às eleições portuguesas.

Ursula von der Leyen não foi 'Spitzenkandidat' do PPE em 2019, mas desta vez concorreu e foi apoiada pelo seu partido alemão, a União Democrata-Cristã (CDU), contando depois com o apoio do partido homólogo polaco e grego.

O PPE é um grupo político de centro-direita, pró-europeu, que reúne mais de 83 partidos nacionais de 44 países.

07.03.2024

Abascal diz que nas legislativas também está em causa o futuro da Europa

O líder do partido espanhol de extrema-direita Vox, Santiago Abascal, considerou na quarta-feira que, nas eleições legislativas de domingo, também está em causa o futuro da Europa.

"Este domingo não se joga apenas o futuro de Portugal. Nós que estamos muito atentos ao vosso resultado, também pensamos que, em certa medida, se joga o futuro da Europa e estamos plenamente convencidos de que a vossa vitória será a vitória de todos os outros muito brevemente", afirmou Abascal, num jantar/comício de campanha do Chega no concelho de Olhão (distrito de Faro).

Considerou também que "a vitória do Chega e do André [Ventura] é um triunfo para todos os patriotas europeus".

"É essencial para as eleições que disputaremos em toda a Europa no mês de junho, e que podem representar uma mudança de rumo importantíssimo no futuro da União Europeia, pois pode permitir recuperar o valor fundacional da União Europeia, o espírito dos países fundadores que pode permitir resgatar aos burocratas de Bruxelas a nossa soberania, pode devolver a soberania a Portugal e a Espanha e pode criar uma União Europeia de nações livres e soberanas que cooperam voluntariamente", acrescentou.

Santiago Abascal considerou que o Vox e o Chega enfrentam o mesmo, "um socialismo corrompido e um velho bipartidarismo" que representa "uma alternância de poder em que só mudam as siglas e os nomes, mas continuam as mesmas políticas de sempre". 

"Não têm resposta para os principais problemas das nossas nações", criticou.

O presidente do Vox agradeceu a Ventura ter estado "nos bons momentos e nos menos bons", como nas eleições legislativas de julho, no qual o Vox perdeu deputados.

Numa referência ao Tratado de Tordesilhas, mencionando que em 1494 os portugueses e os espanhóis "repartiram o mundo", Abascal disse que os "patriotas portugueses, tal como os patriotas espanhóis, estão orgulhosos das suas conquistas históricas" que "envergonham a esquerda".

No início do discurso, o líder do Chega dirigiu-se a Abascal para afirmar que o partido tem "uma luta comum a travar, contra o socialismo" e indicou que o Vox é um dos "maiores aliados" do Chega na Europa, ainda que não pertençam ao mesmo grupo político europeu.

"Muitos pela Europa fora estão a contar com na nossa vitória no dia 10, que será nossa evidentemente, mas será também uma vitória de todos os patriotas europeus", defendeu.

André Ventura e Santiago Abascal chegaram juntos ao comício de Olhão e, em declarações aos jornalistas antes de entrar na sala, o líder do Vox disse admirar o trabalho que o presidente do Chega tem feito.

"É muito importante que as forças políticas que defendem a soberania, o mundo rural, a segurança das ruas, vão ganhando força na Europa e tenho uma grande esperança na vitória do André e do Chega", afirmou.

Santiago Abascal considerou também que em Portugal "não se deve cometer o erro que cometeu o PP [Partido Popular] espanhol que foi oferecer um pacto aos socialistas" e defendeu que "as pessoas querem outra alternativa".

07.03.2024

Louçã diz que é concentração de votos no BE que impede Governo da AD com IL

O antigo líder bloquista Francisco Louçã defendeu quarta-feira à noite que, se houver concentração de votos no BE, "não haverá um Governo da AD com IL", apelando à responsabilidade de quem votou no PS e "sofreu com a maioria absoluta".

Depois de ter estado à tarde na arruada de Santa Catarina, no Porto, Francisco Louçã subiu pela primeira vez ao púlpito nesta campanha no comício desta noite em Braga e trazia duras críticas à direita, onde "há fantasmas a sair dos armários" da campanha da AD e com uma "sequela de 'venturices', o coitado do Chega que bem esbraceja a pedir que lhe paguem direitos de autor".

"Aqui em Braga é o melhor lugar para garantir que não haverá um Governo da AD com a IL se no Bloco se concentrarem os votos para derrotar a direita. Os votos no Bloco decidirão para onde vai pender esta balança", defendeu.

Mas o fundador do BE queria também falar aos eleitores porque têm uma escolha para fazer agora: "ou deixa andar ou para a ganância aqui. Ou permite a austeridade que alimenta o privilégio ou defende os seus agora. Ou se cala ou diz o que quer".

Segundo Louçã, essa é precisamente a "razão mais poderosa" para haver exigência nas eleições de domingo, sendo "a primeira responsabilidade maior do povo que votou no PS e que sofreu com a maioria absoluta", que "foi um desastre e a culpa foi toda do PS".

"Essas pessoas que rejeitam o desastre da maioria absoluta podem agora corrigir o país", pediu.

Nas tarefas que serão "determinadas pela esquerda", e nas quais o BE "estende a mão para as convergências" necessárias para as implementar, estão salvar o SNS, a escola pública, a proteção social ou baixar o preço da habitação, disse.

"Dizem-me que apesar de tanta crise, tanta mágoa há ainda muitas pessoas indecisas. Pois eu digo-vos: há muito mais gente a decidir agora mesmo do que diz qualquer sondagem", defendeu.

Louçã tinha uma "certeza tão funda" que quis deixar em Braga.

"Sei do crescimento do Bloco em tanto carinho que tenho encontrado, mas o que mais de tudo importa - e o carinho é bom - é que cresce levado por uma confiança: o Bloco de Esquerda é o povo contra a direita e contra a extrema-direita e é isso que fará o resultado de uma maioria à esquerda", enfatizou.

Sobre os fantasmas trazidos pela direita, o fundador bloquista referiu que "o grande fantasma começou por ser a insinuação dos chefes da AD sobre a imigração", passando depois a ser o RSI e ainda o negacionismo climático.

"Lei de ferro da política portuguesa, carta marcada: quando a direita está aflita vem falar de como os beneficiários do RSI, que são sobretudo mulheres e criança, vivem à fartazana. Triste degradação de quem não tem um pingo de vergonha e quer enganar os pobres, dizendo-lhes que os mais pobres são os culpados da pobreza", condenou, considerando que se juntou a esse fantasma o aborto.

Louçã considerou que "há quem lhes faça frente".

"E esse é o nome desta campanha clara e limpa e quem lhes faz frente é uma mulher. Mariana tornou-se a mulher mais atacada pela direita por causa do que em cada um dos momentos disse e revelou acerca dos donos de Portugal", enfatizou.

Mais de 10,8 milhões de portugueses são chamados a votar no domingo para eleger 230 deputados à Assembleia da República.

A estas eleições concorrem 18 forças políticas, 15 partidos e três coligações.

07.03.2024

Mortágua acusa PS de apresentar "coleção de remendos" como programa

A coordenadora do BE, Mariana Mortágua, acusou na quarta-feira o PS estar "viciado em remendos" e de apresentar um "coleção de medidas de emergência" como programa, considerando que é na esquerda que estão as soluções para o problema do país.

Num comício em Braga, no qual discursou antes do fundador do BE Francisco Louçã, Mariana Mortágua centrou boa parte do seu discurso no Serviço Nacional de Saúde (SNS), com críticas à maioria absoluta pela crise que deixou na saúde, e apontou diretamente ao PS.

"Bem sei que o secretário-geral do PS [Pedro Nuno Santos] já reconhece como falharam nos últimos dois anos em áreas tão essenciais ao país como a educação, habitação e saúde. Como poderia não o fazer? É uma evidência. Entra pelos olhos adentro de quem quiser ver", defendeu.

Mortágua apontou "fracasso atrás de fracasso" à governação socialista em maioria absoluta, dando como exemplo "20 horas de espera numa urgência, mais de um milhão e meio de pessoas sem médico de família e as casas mais caras da Europa".

"E o Bloco avisou. As políticas estavam erradas. Protegeram o negócio, abandonaram as pessoas deste país e, apesar das evidências, o PS volta a apresentar um programa que é uma coleção de remendos, uma coleção de medidas de emergência", acusou, considerando que os socialistas estão viciados "em remendos".

Citando uma conversa que teve no início da manhã na Feira de Famalicão, a líder bloquista defendeu que "nem maioria absoluta nem regresso à direita".

"É na esquerda que estão as soluções para o nosso país. É a esquerda que olha para os problemas do país e consegue dizer quais são as soluções", enfatizou.

Mais de 10,8 milhões de portugueses são chamados a votar no domingo para eleger 230 deputados à Assembleia da República.

A estas eleições concorrem 18 forças políticas, 15 partidos e três coligações.

07.03.2024

Ventura: "Quem ainda estiver a pensar votar no PS tem de tomar a medicação"

O presidente do Chega, André Ventura, disse na quarta-feira à noite não ver "um motivo" para os eleitores votarem no PS no domingo e sugeriu que quem estiver a pensar fazê-lo "tem de tomar a medicação".

"Quem ainda estiver a pensar votar no PS tem de tomar a medicação, porque as coisas não estão a ficar muito bem", afirmou André Ventura num comício em Olhão (distrito de Faro), no qual participou o líder do partido espanhol Vox.

Após um comentário de um apoiante, o líder do Chega disse ter a "explicação que andava à procura", referindo que "houve uma notícia há uns meses que dizia que 94% dos hospitais não tem medicamentos" e que pode ser essa a "explicação de haver tanta gente a votar no PS".

"Estão a ver as notícias de amanhã, André Ventura ataca doentes mentais. Comentadores a falar disso e a dizer isto é uma vergonha. Ana Gomes vai dizer já devia ter sido ilegalizado, Marques Mendes vai dizer eu avisei, e claro - não sei se vou dizer agora ou não - e Marcelo Rebelo de Sousa vai dizer que temos de apurar, temos de saber se é verdade", disse.

André Ventura disse também que tenta perceber porque é que as pessoas votam no PS e não consegue, apelidando o Governo socialista de "desilusão" e criticando a diferença entre os valores orçamentados para cada área e o que foi executado.

"É que não vejo um motivo. Os únicos que percebia que votassem no PS é os que estão agarrados ao...", disse, fazendo depois uma pausa, e completando, após nova intervenção da plateia, "agarrados ao tacho" e "aos subsídios do Estado".

E considerou que "não há outra razão" para votar em quem deixou "o país neste estado".

"O PS é uma burla e é uma fraude", criticou.

O presidente do Chega disse também que, se vencer as eleições, o Presidente do Brasil "não vai entrar em Portugal" para as comemorações do 25 de abril e o primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sánchez, "só entrará quando necessário mesmo".

No entanto, o que está previsto é que sejam convidados os chefes de Estado dos países africanos de expressão portuguesa para estarem presentes nas cerimónias dos 50 anos do 25 de Abril, o que não inclui o Presidente do Brasil. Lula da Silva discursou no ano passado na Assembleia da República na cerimónia do 25 de Abril.

Apontando que, se for primeiro-ministro, o seu governo "não deixará entrar esses corruptos internacionais todos" em Portugal, deixou um aviso: "Destes todos que estão para vir neste 25 de Abril, eu aconselhava prudência na compra das viagens".

"Eu não estou a brincar, eles não vão entrar mesmo, e eu garanto que se for primeiro-ministro o senhor Lula da Silva ficará no aeroporto", afirmou, referindo que, "se insistir, vai para uma cadeia, mas ele já sabe o que é isso também, não será grande novidade".

No seu discurso, de 30 minutos, o líder do Chega voltou a comentar a entrada do antigo líder do PSD Rui Rio na campanha da AD, considerando que Luís Montenegro e o seu antecessor "são frouxos na corrupção e muletas do PS".

Logo a seguir, André Ventura contrapôs que o Chega é "a única oposição ao PS".

O presidente do Chega afirmou também que no domingo, em Lisboa, vai acontecer "o maior sismo da política europeia" que não aconteceu em Madrid, nas eleições de julho em que o Vox perdeu deputados.

"Toda a Europa vai ouvir que Portugal se levantou para dizer não à corrupção, não ao compadrio, não ao domínio de Bruxelas, e não ao domínio internacional. Nós tomaremos conta do nosso destino", defendeu.

Discursando antes, o líder parlamentar e cabeça de lista pelo círculo de Faro, Pedro Pinto, concordou que "o PS não merece ganhar eleições" e considerou que a alternativa é o Chega "e mais ninguém".

07.03.2024

IL desafia pais e avós a votar no partido que quer que filhos e netos fiquem em Portugal

O presidente da IL desafiou na quarta-feira os pais e avós dos jovens que querem ficar em Portugal a dizerem com convicção, no domingo, que país e futuro querem para os seus filhos e netos, criticando o voto útil.

"Eu sei que contamos com o voto dos jovens, mas só o voto dos jovens não é suficiente", afirmou Rui Rocha num jantar comício, no Porto, num discurso todo ele direcionado aos jovens.

Convicto de que conta com o voto dos jovens, o dirigente liberal dirigiu-se aos da sua geração, aos da anterior e aos da seguinte e desafiou-os a irem às urnas dizerem que país querem a partir de domingo.

"Eu não quero mais cadeiras vazias na mesa dos portugueses à hora do jantar. E as que ainda estão ocupadas, se não fizermos nada em breve, também vão ficar vazias", atirou.

Rui Rocha disse ainda àqueles que não têm filhos da idade dos seus, de 20 e 24 anos, mas sim de três, quatro, cinco ou seis anos, de que o tempo passa rápido sendo, por isso, hora de agir.

"O tempo passa depressa e, se não fizerem nada a 10 de março, o tempo também corre contra vocês, portanto, vamos mesmo mudar e é esse o desafio que eu vos faço", insistiu.

Dizendo que não quer jovens portugueses condenados a emigrar, mas sim que fiquem em Portugal por opção, o dirigente liberal anunciou o lançamento do Movimento Quero Ficar, uma página de internet, para os jovens dizerem porque querem ficar em Portugal e para os pais e avos dizerem porque querem que os seus filhos e netos fiquem no país.

E gritou: "Também quero que fiques, também quero que fiques, também quero que fiques".

As gerações mais velhas não podem deixar os jovens sozinhos no dia 10 de março, apelou.

Além disso, Rui Rocha criticou ainda o apelo ao voto útil, discurso que tem sido recorrente, por considerar que só beneficia o partido que o recebe.

"Votar no país que querem é que é voto útil, o resto é conversa para colocar pressão, o resto é conversa para manter tudo igual, o resto é conversa para não mudar nada", ressalvou.

Pedindo aos pais e avós que votem no país que querem realmente, Rui Rocha advertiu que o "voto útil é aquele que diz aos jovens portugueses quero que fiques".

Mais de 10,8 milhões de portugueses são chamados a votar no domingo para eleger 230 deputados à Assembleia da República.

A estas eleições concorrem 18 forças políticas, 15 partidos e três coligações.

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