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O dia num minuto: Os compromissos de Costa, a dúvida do Commerzbank e o optimismo do FMI

Num dia marcado pela notícia da morte do presidente honorário do PS, o Orçamento do Estado para 2016 também esteve na ordem do dia. O FMI está mais optimista para a Zona Euro e a China cresce ao ritmo mais lento em 25 anos.

Miguel Baltazar
19 de Janeiro de 2016 às 20:00
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Commerzbank duvida do Governo. Os economistas do Commerzbank, o segundo maior banco alemão, Ralph Solveen e Jörg Krämer, numa nota aos investidores, consideram que as políticas seguidas pelo Governo de António Costa podem "levar a uma subida da dívida e à diminuição da competitividade do País". Consideram que dois dos maiores sucessos do anterior Governo, a estabilização das finanças públicas e a melhoria da competitividade, estão em risco. Ralph Solveen e Jörg Krämer justificam aquela perspectiva com a adopção de medidas como a reposição dos feriados, a descida do IRS, a reposição dos salários na função pública e o aumento de pensões. Outros dos factores apontados são a interrupção das privatizações dos transportes e a subida do salário mínimo.

António Costa admite OE "exigente e difícil". Em reacção à notícia do jornal Público de que a Comissão Europeia estava a pressionar o Governo para atingir um défice inferior a 2,8% este ano, o primeiro-ministro afirmou que cumprirá as medidas que prometeu na campanha eleitoral, bem como as que acordou com os partidos de esquerda. "Temos o nosso grande desafio de simultaneamente virarmos a página da austeridade, cumprindo os critérios de participação activa no quadro da Zona Euro", afirmou António Costa em Cabo Verde. O primeiro-ministro admitiu "gradualismo" na execução das medidas" e que "estamos perante um exercício orçamental exigente e difícil". O "draft" do Orçamento será entregue em Bruxelas esta sexta-feira. Num relatório revelado esta terça-feira, a UTAO mantém reservas quanto ao sucesso do cumprimento da regra europeia no ano passado, de um défice abaixo de 3% do PIB.

Salários aumentam. Os trabalhadores do sector privado auferiam, em média, um vencimento de 1.140,37 euros por mês, o que traduz um aumento real de 1,4% face ao período homólogo. Os dados, referentes a Abril, foram revelados pelo Gabinete de Estratégia e Planeamento e dão conta da maior subida nos salários dos últimos dois anos. De acordo com a mesma fonte, e também no sector privado, o período normal de trabalho (o que é definido por contrato) foi em média de 38,9 horas.

Barclays vende cartões de crédito em Portugal. Depois de ter vendido a actividade de banca tradicional em Portugal, ao Bankinter, o Barclays colocou agora à venda o negócio de cartões de crédito. A notícia foi avançada pela Reuters, que dá conta que o Santander, o Bankinter, a Apollo e o Popular já mostraram interesse nesta operação, que inclui o negócio em Espanha e deve envolver valores entre 300 e 600 milhões de euros. O prazo para a entrega de propostas não vinculativas fechava esta terça-feira. Antes dos cartões de crédito e da actividade bancária, o banco britânico tinha já vendido o segmento de seguros-vida a uma parceria entre o Bankinter e a Mapfre.

 

FMI melhora previsões para Zona Euro. O FMI reviu em baixa a sua projecção para a economia mundial este ano, de 3,6% para 3,4%, devido às perspectivas mais pessimistas para o Brasil e a Rússia, bem como para os Estados Unidos. Para a Zona Euro a instituição liderada por Christine Lagarde está mais optimista, apontando agora para um crescimento de 1,7%. Apesar do crescimento para França ter sido revisto em baixa, o FMI melhorou as previsões para dois dos principais parceiros comerciais de Portugal. A Espanha vai crescer 2,7% este ano e o PIB da Alemanha deverá aumentar 1,7%.  

 

PIB da China cresce 6,9% em 2015. A economia chinesa continua a dar sinais de abrandamento. O PIB cresceu 6,9% em 2015, o que representa o ritmo mais lento em 25 anos e ligeiramente abaixo da meta do Governo (7%). No quarto trimestre, a segunda maior economia do mundo cresceu 6,8%, o que significa o crescimento mais lento desde a recessão global de 2009. O instituto de estatística chinês revelou ainda outros indicadores, como a produção industrial e as vendas a retalho, que também ficaram abaixo das estimativas. Apesar destes indicadores, a bolsa chinesa fechou a sessão a ganhar mais de 3%, com os investidores a estimarem a introdução de mais estímulos por parte do Governo.

 

Morreu Almeida Santos. A menos de um mês de completar 90 anos, António Almeida Santos faleceu na noite de segunda-feira na sua residência após ter-se sentido mal depois do jantar. A morte do presidente honorário do Partido Socialista e ex-presidente da Assembleia da República marcou o dia da campanha nas Presidenciais, com Almeida Santos a ser lembrado como "o mais brilhante parlamentar" da democracia portuguesa (Francisco Assis), um "pilar sólido" do PS (Jorge Sampaio), um "príncipe da democracia" (PS).

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