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O dia num minuto: o programa, o acordo, a troika e sugestões para desanuviar

O Governo apresentou o seu programa, o PCP dá luz verde a um Governo do PS e a troika já não visita Portugal este ano. E se as eleições fossem hoje ficaria quase tudo mesma. E ainda sugestões para o fim-de-semana.

06 de Novembro de 2015 às 20:00
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PCP viabiliza Governo do PS. Estão reunidas as condições para a formação de um Governo PS, anunciou o PCP numa nota enviada esta sexta-feira às redacções. Depois do entendimento com o Bloco, anunciado quinta-feira, esta sexta-feira foi a vez de os comunistas tornarem público um acordo com os socialistas. Os comunistas sublinham que foi enviado ao PS, esta tarde, "o texto de 'Posição conjunta do PS e do PCP sobre solução política', no seguimento da reunião realizada na última quarta-feira, que permite afirmar que estão reunidas as condições para pôr fim ao Governo PSD/CDS-PP" e "assegurar um governo da iniciativa do PS". Ou seja, segundo  o PCP, este acordo foi assegurado na reunião da passada quarta-feira, que era considerada decisiva e que foi noticiada em primeira mão pelo Negócios.


Programa de Governo pisca o olho à oposição.
No programa do Governo que entregou esta sexta-feira, 6 de Novembro, na Assembleia da República, o Executivo liderado por Pedro Passos Coelho recupera largamente o conteúdo do programa da coligação Portugal à Frente, que venceu as eleições legislativas. Diz o Executivo de Passos Coelho que o documento que será discutido na Assembleia da República nos dias 9 e 10 de Novembro "não é uma base fechada para suporte da actividade do Governo, antes um ponto de partida estruturante para o trabalho a desenvolver na presente legislatura". O documento exemplifica algumas das medidas que têm vindo a ser defendidas pelos partidos da oposição e que o Governo está disponível para adoptar, como a descida mais rápida da sobretaxa de IRS. 


Troika só regressa em 2016. A próxima visita das equipas da troika no âmbito da avaliação pós-programa estava apontada para o final do ano, mas deverá derrapar para 2016, à espera de uma clarificação da situação governativa e orçamental. Este é o cenário considerado mais provável por várias fontes da troika ouvidas pelo Negócios. Oficialmente, o FMI diz que está preparado para avançar quando as autoridades nacionais também o estiverem. A Comissão Europeia limita-se a dizer que não há data definida.


E se as eleições fossem agora? Uma sondagem da Eurosondagem para a SIC e o Expresso, publicada esta sexta-feira, 6 de Novembro, mostra que se as eleições fossem hoje repetidas os resultados não seriam significativamente diferentes dos obtidos a 4 de Outubro. Assim, a aliança PàF sobe 2,2 pontos percentuais para 40,8%, enquanto os socialistas registam uma subida ligeira (0,1 pontos) para 32,5% das intenções de voto. Já o BE recua ténues 0,2 pontos para 10% e a CDU (PCP e Os Verdes) cai ligeiros 0,3 pontos para 8%. Por fim, o PAN avança 0,1 pontos percentuais para 1,5%.


Gasolina e gasóleo vão subir.
Após semanas marcadas por quedas, os preços de venda da gasolina e do gasóleo vão aumentar. Por isso, se precisa de combustível, o melhor será atestar durante o fim-de-semana. É que a partir de segunda-feira, 9 de Novembro, os preços vão ser revistos em alta, tendo em conta a evolução nos mercados internacionais, mas também a descida acentuada da moeda única europeia. Tanto a gasolina como o gasóleo vão ficar mais caros, podendo registar-se subidas em torno dos três cêntimos por litro.

EDP às compras no Alentejo. A EDP Renováveis comprou a Stirlingpower, empresa portuguesa que detém uma licença para construir uma central solar no Alentejo.O negócio está agora ser avaliado pela Autoridade da Concorrência, segundo anúncio do regulador na imprensa esta sexta-feira, 6 de Novembro. A Stirlingpower é uma sociedade cujo principal activo é uma licença para a construção e exploração da central solar fotovoltaica de Alcamises em Évora. A central tem uma capacidade de 2,5 megawatts (MW) e deverá entrar em funcionamento em 2016.

Associações empresariais preocupadas. O conselho consultivo da AEP (Associação Empresarial de Portugal), que reúne 121 associações empresariais, regionais e sectoriais, reuniu-se esta sexta-feira, com a presença também do presidente da CIP (Confederação Empresarial de Portugal), António Saraiva, e manifestou no final a sua "profunda preocupação pelo clima de incerteza política em que Portugal vive mergulhado há mais de um mês".  "A governabilidade do país, a recuperação económica e o equilíbrio das contas públicas justificam que todos os agentes políticos ajam com celeridade e sentido de responsabilidade, colocando o interesse geral acima das suas conveniências", referiu o conselho  em comunicado.


Onde ir este  fim-de-semana? Rui Veloso, Lenine e Tiago Bettencourt actuam este fim-de-semana, que é também de Guimarães Jazz. Há ainda cinema em Lisboa e no Estoril e bienal de arte contemporânea em Coimbra. Consulte as propostas do Negócios.





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