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Polícias portugueses aprendem a detectar terroristas

A PSP vai ter 886 peritos atentos aos sinais e comportamentos de radicalização. Já os agentes do Corpo de Intervenção começam a mostrar sinais de cansaço com as operações permanentes em Lisboa e Porto, segundo o jornal i.

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02 de Maio de 2016 às 10:22
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Identificar símbolos, atitudes, expressões e comportamentos que indiciem um processo de radicalização são alguns dos conhecimentos que estão a ser passados aos agentes da PSP numa formação em técnicas de detecção de fenómenos de extremismos violentos, como o terrorismo.

 

De acordo com o Diário de Notícias, uma centena de agentes já fizeram esta especialização e outros tantos serão formados até ao final deste ano. No total, a PSP vai ter 886 peritos no terreno atentos a sinais de radicalização, sendo a meta capacitar todos os polícias envolvidos no policiamento de proximidade dos grande centros urbanos.

 

Apesar desta preocupação ter voltado à agenda sobretudo depois dos recentes ataques terroristas em Paris e Bruxelas, o director do departamento de Informações Policiais da PSP, Luís Fiães Fernandes, apontou que o "módulo de fenómenos extremistas" já é dado desde 2014 e foi uma iniciativa da Polícia Judiciária.

 

Ainda assim, o responsável referiu ao mesmo jornal que os atentados em França e na Bélgica mudaram a actuação também no panorama nacional. "Há uma intensidade nunca antes verificada de troca de informações entre as forças e os serviços de segurança. Em matéria de terrorismo, nunca as forças trocaram tanta informação", resumiu o responsável da PSP.

 

Há perto de cinco meses que nos aeroportos, portos e zonas centrais de Lisboa e Porto, a PSP desenvolve acções permanentes de demonstração de força contra o terrorismo. Porém, estão a crescer as queixas dos agentes envolvidos naquilo que designam como "a patrulha do boneco".

 

Segundo o jornal i, no final de uma das dessas patrulhas, alguns agentes do Corpo de Intervenção pesaram o equipamento e, entre coletes, armas e outras protecções, carregam durante várias horas entre 12 e 15 quilos. Além disso, queixam-se que estas operações estão a impedir o gozo regular de folgas e comprometem o treino necessário nesta unidade de elite.

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