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Pentágono e Lockheed acordam redução de 8% nos custos dos F-35
Cada novo jacto vai custar à administração Trump menos de 88 milhões de euros, comparado com o preço unitário anterior de 94,5 milhões de euros. Envolvimento do presidente permitiu acelerar negociação, refere a empresa.
A Lockheed Martin chegou a acordo com o Departamento de Defesa norte-americano para cortar nos custos do programa de desenvolvimento dos caças F-35.
Com o entendimento, revelado esta sexta-feira, 3 de Fevereiro, pelo fabricante aeronáutico, o Financial Times refere que o erário público deverá conseguir uma poupança próxima de 8% em relação ao anterior contrato.
A partir desta entrega - a décima -, cada jacto custará menos de 88 milhões de euros, comparado com o preço unitário de 94,5 milhões de euros na fase de entrega anterior.
Segundo o FT, que cita um comunicado da empresa, foi o envolvimento do próprio presidente norte-americano, Donald Trump, que permitiu acelerar as negociações.
Em Dezembro, o então presidente eleito criticou fortemente os custos associados ao programa, numa publicação no Twitter.
"O programa e o custo dos F-35 está fora de controlo. (...) Milhares de milhões de dólares podem e vão ser ser poupados em compras militares (e outras) depois de 20 de Janeiro [data da sua tomada de posse]," escreveu na altura.
A CNN diz contudo que o Pentágono já vinha trabalhando com o fornecedor para reduzir os custos desde que o programa foi reestruturado em 2011 e que havia indicações de redução progressiva de preços até 2019.
Os 90 aparelhos em causa destinam-se a fornecer os serviços militares dos EUA (55 aparelhos) e parceiros internacionais (os restantes 35).
As acções da Lockheed Martin terminaram a sessão desta sexta-feira, 3 de Fevereiro, a valorizar 0,99% para 254,46 dólares.