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Força Aérea não sai do Montijo até operação estar assegurada

O ministro da Defesa assegurou este domingo em Peniche que a Força Aérea só vai sair da base do Montijo, para onde está projectado o novo aeroporto de Lisboa, quando não estiver em causa a continuidade da sua operação.

Azeredo Lopes - Defesa Nacional: O portuense que lidera a pasta da Defesa não é recordado espontaneamente por quase ninguém (0,1%), apesar de se ter destacado já antes, entre 2006 e 2011, na presidência da Entidade Reguladora para a Comunicação Social e, desde a eleição de Rui Moreira, como chefe de gabinete do presidente da Câmara do Porto. É por uma décima que José Alberto Azeredo Lopes, professor de Direito Internacional da Universidade Católica, surge com mais avaliações positivas (0,4) do que negativas (0,3).
Marta Poppe
20 de Maio de 2018 às 15:11
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"Não há qualquer atraso" quanto à saída da Força Aérea da base do Montijo e "ainda não é possível estabelecer um calendário", afirmou à agência Lusa José Azeredo Lopes, à margem das comemorações do Dia Marinha, em Peniche, no distrito de Lisboa.

"A entrada de outros naquele espaço [base do Montijo] terá sempre de garantir que a Força Aérea continue a desenvolver a sua operação e essa é a garantia que temos de apresentar", justificou.

Para o ministro da Defesa, as decisões do Governo em relação ao aeroporto "andam a par" com as da Força Aérea, motivo pelo qual, sublinhou, "seria impensável que Portugal ficasse com uma Força Aérea sem operação", sem que estejam garantidas as condições para a Força Aérea operar noutro local.

O Diário de Notícias noticiou esta semana que a Força Aérea está preocupada com o atraso na execução do plano que propôs para retirar as suas esquadras da base do Montijo - onde está prevista a construção do novo aeroporto - onde vão haver limitações para as suas aeronaves logo que comecem aí as obras do aeroporto, previstas para 2019.

Em Março, a Força Aérea entregou ao ministro da Defesa uma proposta nesse sentido, para a qual ainda não houve uma decisão do Governo.

A concessionária do aeroporto, a ANA - Aeroportos de Portugal já submeteu o Estudo de Impacte Ambiental à Agência Portuguesa do Ambiente (APA), conforme avançado pelo Negócios. À APA caberá emitir um parecer final sobre os impactos ambientais.

Na quinta-feira, em declarações à agência Lusa, o ministro do Planeamento e das Infraestruturas manifestou-se confiante no sucesso do projecto, sublinhando que o Montijo "é a melhor opção".

"Este relatório não trouxe surpresas em relação ao que esperávamos. É uma infra-estrutura que já serve de pista de aterragem [militar] e que, neste caso, terá uma mudança no seu uso, passando a ter também uma utilização por civis", apontou o governante.

Sobre os alertas e sugestões deixadas por este estudo, Pedro Marques disse apenas que os impactos apontados "são limitados e capazes de ser mitigados".

Para o governante, a opção no Montijo "é a mais eficiente" e a que "melhor servirá" a região de Lisboa e o país.

"Estamos confiantes no desenvolvimento deste processo para que a região de Lisboa e o resto do país não fiquem limitados no crescimento do turismo e da actividade económica por este constrangimento do aeroporto de Lisboa", concluiu.
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