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Consumo de eventos culturais aumenta 17,8% em 2015
O ano de 2015 ficou marcado por um aumento significativo no número de espectadores e visitantes a espectáculos, sessões de cinema e museus. O turismo ajudou.
O número de espectadores e visitantes a espectáculos ao vivo, sessões de cinema e museus ultrapassou os 40 milhões em 2015, subindo 17,8% face a 2014, avançou o INE no retrato estatístico do sector cultural publicado esta terça-feira, 13 de Dezembro.
De acordo com os dados revelados pelo instituto de estatística, "o número de visitantes dos museus foi 13,7 milhões em 2015, mais 1,9 milhões do que no ano anterior [+ 16,3%]", para o que contribuiu um aumento significativo do número de visitantes estrangeiros que "atingiu 5,3 milhões, aproximadamente mais um milhão do que em 2014".
No cinema registou-se o aumento mais expressivo no número de espectadores, 20,5% face a 2014, beneficiando em parte de sucessos de bilheteira dos filmes mais vistos nas salas nacionais.
"O número de espectadores de cinema foi 14,6 milhões e as receitas de bilheteira 75 milhões de euros, representando acréscimos de cerca de 20% face a 2014", escreve o INE, que detalha que os três filmes mais vistos de 2015 ("Mínimos", "Velocidade Furiosa" e "Pátio das Cantigas") totalizaram 2,4 milhões de espectadores e 12,3 milhões de euros de receitas de bilheteira. Os valores comparam com 954 mil espectadores em 2014 e 3,5 milhões de euros de receitas de bilheteira nos três filmes mais vistos de 2014.
O INE dá ainda conta de um aumento no número de espectadores nos espectáculos ao vivo de 16,4%, para 12,5 milhões, o que no entanto gerou menos receitas do que em 2014. "Nos espectáculos ao vivo registaram-se 12,5 milhões de espectadores/as e receitas no valor de 59,6 milhões de euros, significando um acréscimo de 16,4% no número de espectadores/as e uma diminuição de 15,4% nas receitas de bilheteira em relação ao ano anterior", detalha o INE.
Em conjunto, cinema e espectáculos ao vivo geraram receitas de 134,6 milhões de euros em 2015, mais 1,2% do que em 2014. O INE não publicou dados para receitas dos museus, sendo que um terço das entradas foram gratuitas.