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Conheça as galerias romanas de Lisboa

As galerias romanas da Rua da Prata, em Lisboa, vão reabrir ao público, entre esta sexta-feira e domingo, mas as inscrições já se esgotaram. Veja um pouco do monumento.

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25 de Setembro de 2015 às 09:58
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O Centro de Arqueologia de Lisboa ensaiou uma nova modalidade de acesso às galerias romanas na Rua da Prata em Lisboa. Ao contrário do que acontecia até agora, a visita será feita com marcação prévia. No entanto, para este fim-de-semana, de 25 a 27 de Setembro, as inscrições esgotaram num dia. 

"Tem havido muita contestação pelas enormes filas que normalmente se geram à volta deste monumento", pelo que se está a experimentar "um novo sistema e ver se resulta", afirmou o arqueólogo coordenador do Centro de Arqueologia de Lisboa, António Marques, após uma visita guiada para jornalistas.

O sucesso desta nova modalidade "vai depender muito da receptividade destas pessoas que vão agora, pela primeira vez, experimentar esta marcação [...]. Se correr bem, voltamos a repetir, se não correr bem, temos de pensar em soluções alternativas", explicou o responsável.

"Explica muito do interesse dos lisboetas e não só dos lisboetas [...] porque nós recebemos também, muitas vezes, pedidos de pessoas de fora que querem saber quando é que [as galerias] abrem para programarem o fim de semana e para poderem vir a Lisboa e poderem ver o monumento", referiu.

Segundo António Marques, este é também "um monumento que tem alguma credibilidade e algum interesse por parte do imaginário das pessoas de Lisboa".

Soube-se pela primeira vez da existência das galerias romanas no subsolo da baixa lisboeta em 1771, quando se estava a reconstruir a cidade após o terramoto de 1755.

Nessa altura, o monumento começou a servir de alicerce aos prédios pombalinos, dada a sua robustez.

Hoje, passados mais de dois mil anos desde a sua construção, o edifício romano mantém a sua função.

As galerias começaram a abrir ao público, com regularidade, a partir dos anos 1980, altura em que a Câmara Municipal conseguiu criar condições de acessibilidade ao monumento.

Actualmente, costuma abrir duas vezes por ano.

Questionado se algum dia este criptopórtico do século I d.C. poderá estar permanentemente aberto ao público, António Marques explicou que "isso é problemático" porque o monumento já está debaixo de água "há mais de mil anos" e a alteração implicaria uma "secagem permanente".

"Se nós de repente formos secar, não sabemos o comportamento que os materiais vão ter. Não sabemos até que ponto é que não vamos pôr, estruturalmente, este edifício em causa. E isso pode também pôr em causa as pessoas e os edifícios que estão por cima dele", adiantou, frisando que tal decisão necessita ser estudada.

As visitas são realizadas sob a orientação de técnicos do Museu de Lisboa e do Centro de Arqueologia de Lisboa e visam sensibilizar para a importância da salvaguarda do património.
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