Notícia
Vendas de alojamentos deslizam no primeiro trimestre
Entre os vários impactos económicos da covid-19, o INE destaca a redução das vendas de alojamento.
O impacto da pandemia de covid-19 fez-se notar na venda de alojamentos, que tem descido visivelmente um pouco por todo o país.
Esta informação consta do boletim publicado esta sexta-feira, 22 de maio, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), "Indicadores de contexto e de impacto socioeconómico da pandemia covid-19 em Portugal".
"Em março de 2020, foram vendidos cerca de 6 alojamentos por mil alojamentos familiares clássicos em Portugal o que compara com vendas de 6,15 em março do ano anterior e 6,66 em fevereiro de 2020", escreve o INE.
A Área Metropolitana de Lisboa e o Algarve observaram, em março, uma diminuição das vendas de alojamentos por mil alojamento familiares face ao período homólogo: -2,1% e -0,9%, respetivamente, apesar de se posicionarem acima da referência nacional.
O Centro (-3,7%) e o Norte (- 3,3%) também verificaram, no mesmo mês, uma redução do número de vendas por mil alojamentos familiares clássicos em comparação com março do ano anterior. No gráfico acima, percebe-se que a queda desde janeiro é uma tendência generalizada, embora na Região Autónoma da Madeira não seja tão acentuada e a região dos Açores apareça a contrariar o movimento.
No que toca ao mercado de arrendamento, em março de 2020, registaram-se 2,2 novos contratos para arrendar por cada mil alojamentos familiares clássicos.
Em todas as sete regiões NUTS II há uma diminuição do número de novos contratos, com os Açores a verem a maior quebra, de 39%.
Pandemia retém mais de metade da população em casa
No mesmo boletim, o INE apresenta ainda a proporção de população que "ficou em casa" entre os dias 1 de março e 18 de maio, com base nos dados da iniciativa "Data for Good" do Facebook.
Regista-se, em particular, a redução dos níveis de mobilidade com o início do Estado de Emergência a 19 de março (mapas dos dias 22 e 23 de março) e a passagem do Estado de Emergência para o Estado de Calamidade a 3 de maio (mapas dos dias 3 e 4 de maio).
Verifica-se ainda que os dias correspondentes a domingos assinalam, de uma forma global, menos mobilidade da população do que os dias referentes a segundas-feiras.