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Vendas a retalho sobem mais que o esperado no "desconfinamento" europeu
O Eurostat mostra que as vendas a retalho nos países da moeda única cresceram quase 18% face a abril, depois de dois meses de fortes quebras em período de paralisação económica.
No passado mês de maio, altura em que os países europeus começaram a aliviar as medidas de restrição impostas no âmbito da pandemia, as vendas a retalho subiram mais do que era esperado.
De acordo com os dados revelados esta segunda-feira,6 de julho, pelo Eurostat, o volume de negócios no comércio a retalho cresceu 17,8% face a abril, na Zona Euro, e 16,4% na União Europeia, quando os economistas antecipavam um avanço de apenas 15% na região da moeda única.
Esta evolução acontece depois das quebras em cadeia de 12,1%, em abril, e 10,6%, em março, dois meses marcados pelas medidas de confinamento em toda a região, que praticamente paralisaram a atividade económica.
Com o regresso gradual à normalidade, a venda de combustíveis recuperou 38,4%, enquanto as vendas de produtos não alimentares cresceu 34,5% na Zona Euro. Nos produtos alimentares, bebidas e tabaco, o aumento foi de apenas 2,2%.
Olhando para os Estados-membros da UE, a recuperação foi generalizada, com exceção da Bélgica, com os maiores aumentos a serem observados no Luxemburgo (28,6%), França (25,6%) e Áustria (23,3%).
Já Portugal ficou abaixo da média dos parceiros europeus, com as vendas a retalho a crescerem 13,1%.
Na comparação com o mesmo mês do ano passado, porém, o comércio a retalho ainda tem uma quebra de 5,1% na Zona Euro e 4,2% na União Europeia.
Alguns países, contudo, conseguem um registo positivo face a maio de 2019, com destaque para a Alemanha (7,2%), Dinamarca (6,6%) e Áustria (4,8%).