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Vacinas elevam pressão sobre Merkel e chanceler põe mãos ao trabalho

A chanceler germânica realiza hoje uma série de videconferências com líderes de farmacêuticas, líderes regionais e membros da Comissão Europeia. Angela Merkel tenta conter danos numa altura em que a sua liderança é contestada internamente e em que a estratégia europeia de vacinação é também posta em causa.

Reuters
01 de Fevereiro de 2021 às 09:43
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Angela Merkel vai realizar esta segunda-feira um conjunto de reuniões por videoconferência para medir o pulso ao processo às estratégias de vacinação alemã e europeia e tentar baixar o tom das críticas de que Berlim e Bruxelas vêm sendo alvos.

A chanceler alemã vai assim conversar com líderes de farmacêuticas, líderes dos estados federados germânicos e ainda com elementos da Comissão Europeia para tentar acelerar procedimentos e garantir maior celeridade na vacinação em curso no Velho Continente.

Internamente, Merkel está sob forte pressão devido ao número escasso de vacinas destinadas ao programa de vacinação alemão e por ter delegado responsabilidades nesta matéria à Comissão, que atuou em nome dos 27 Estados-membros.

A oposição alemã e vários líderes de governos regionais consideram que a chanceler devia, unilateralmente, ter assegurado mais vacinas para a população germânica, tirando partido da melhor condição económica de Berlim face aos parceiros europeus.

A presidente do órgão executivo da União Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou este domingo que a AstraZeneca vai entregar 9 milhões de doses adicionais de vacinas contra a covid-19 ainda durante o primeiro trimestre deste ano.

Em plena disputa com a farmacêutica anglo-sueca na sequência do anúncio por parte desta de que iria reduzir as entregas devido a constrangimentos de produção, Von der Leyen revelou agora que a AstraZecena vai iniciar a entrega de vacinas uma semana antes do previsto e que irá também reforçar a respetiva produção. Também Von der Leyen tem recebido fortes críticas nos últimos dias, designadamente por privilegiar acordos a preços reduzidos e tardios que colocam a UE numa posição de desvantagem face a outros países.
Estas doses extra elevam para 40 milhões o total de doses que a AstraZeneca vai entregar à UE, apenas cerca de metade daquilo que estava previsto ser entregue nos primeiros três meses de 2021.

O consórcio Pfizer-BioNTech anunciou já esta segunda-feira que, tal como referido recentemente, vai produzir 75 milhões de doses adicionais para entregar ao bloco europeu durante o segundo trimestre, uma garantia que recoloca as entregas dentro do prazo inicialmente previsto.

Ainda no que diz respeito a vacinas, foi noticiado esta manhã um acordo para a Bayer produzir vacinas da Curevac.
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