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União Europeia avisa que não haverá vacinas para todos até 2022
Responsáveis da União Europeia disseram num encontro à porta fechada que não haverá doses de vacinas para toda a população até ao final do próximo ano.
Apesar dos progressos registados no desenvolvimento de uma vacina contra a covid-19, apenas uma parte da população da União Europeia poderá ser inoculada antes de 2022.
O alerta foi feito por responsáveis da própria UE num encontro à porta fechada, esta semana, segundo fontes presentes na reunião, citadas pela Reuters.
"Não haverá doses de vacinas suficientes para toda a população antes do fim de 2021", disse um responsável da UE a diplomatas dos Estados-membros nesse encontro, segundo a agência de notícias.
Isto apesar de os 27 Estados-membros do bloco, com uma população de 450 milhões de pessoas, já ter garantido mais de mil milhões de doses de potenciais vacinas de três farmacêuticas e de estar a negociar a compra de mais mil milhões junto de outras empresas.
A União Europeia, à semelhança de outras economias, está a tentar assegurar o maior número possível de vacinas para os seus Estados-membros, mas os especialistas têm alertado que nem todas as que estão em fase avançada de desenvolvimento deverão revelar-se eficazes.
Até ao momento ainda não foi descoberta nenhuma vacina comprovadamente eficaz contra o novo coronavírus, e a expectativa da Comissão Europeia é que tal não aconteça até ao início do próximo ano, altura em que as primeiras doses poderão estar disponíveis.
A necessidade de uma vacina torna-se cada vez mais premente numa altura em que a região se vê confrontada com um aumento contínuo do número de infeções.
Os governos da região estão a ver-se obrigados a endurecer as medidas de restrição, como é o caso da Alemanha, que vai encerrar bares e restaurantes a partir de 4 de novembro, e de França, que poderá anunciar hoje um confinamento com duração de um mês.
Espanha declarou novamente o estado de emergência com recolher obrigatório durante o período noturno e, em Portugal, o governo reúne-se em conselho de ministros extraordinário este sábado para decidir novas medidas de controlo da pandemia.