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Sem novas medidas, Governo apela à “disciplina” dos portugueses no combate à pandemia

Apesar das previsões que apontam para 37 mil casos no final da próxima semana, o Governo quer esperar para ver o efeito das medidas que entraram em vigor esta semana. E admite que a "sobrecarga" da linha Saúde24, que será reforçada, pode continuar.

António Cotrim / Lusa
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Apesar da previsão de 37 mil novos casos diários já próxima semana, uma estimativa da ministra da Saúde, o Governo não aprovou novas medidas de combate à pandemia em Conselho de Ministros, sustentando que é preciso esperar para ver os efeitos das que já foram tomadas.

"Estamos neste momento numa altura em que precisamos de algum tempo para avaliar os efeitos das medidas de contenção aprovadas no Conselho de Ministros de 23 de dezembro", respondeu aos jornalistas o Ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, que esta quarta-feira presidiu à reunião do Conselho de Ministros.

"E, por outro lado, estamos também numa circunstância em o que nos compete é apelar a todos os portugueses para que mantenham disciplina e compreensão", cumprindo as regras e aderindo à vacinação.

 

"O apelo que deixo é que cumpramos o que está determinado para estes dias, para que as medidas de contenção possam produzir mais efeitos", reiterou.

Sobre um eventual adiamento do regresso às aulas, que está agora previsto para dia 10 de janeiro, o ministro não respondeu. 

Na semana passada, o primeiro-ministro não excluiu a hipótese de estender as medidas além de dia 9, mas afirmou que será feita uma avaliação no próximo dia 5 de janeiro.

Vacinação "protege as pessoas de efeitos mais severos"

Os dados divulgados esta terça-feira revelam um novo recorde diário de mais de 17 mil casos, num período de 24 horas em que morreram 19 pessoas. Houve mais 22 doentes internados, num total de 936, 152 dos quais em unidades de cuidados intensivos (UCI), mais dois do que na véspera.

Perante a insistência dos jornalistas, o ministro apelou à "vacinação massiva".

Porque embora a nova variante ómicron seja "muito mais transmissível", "há vários estudos que sugerem que produz efeitos muito menos severos do que as anteriores", sustentou.

"Esperemos que esses estudos se confirmem, mas o que sabemos já, porque está bem documentado é que a vacinação protege as pessoas sobretudo contra os efeitos mais severos da covid-19, medidos em termos de mortes, em termos de internamentos em cuidados intensivos ou mesmo em termos de falecimentos", disse.

Sem quantificar, Augusto Santos Silva falou de uma adesão à vacinação das crianças "bastante razoável", tendo em conta as dúvidas sobre eventuais efeitos negativos, que considera "infundadas".

Quanto à linha SNS24, que segundo conta esta quarta-feira o Público recebeu num só dia 72 mil chamadas, o ministro reiterou muito genericamente a intenção de "reforçar" os meios

"É evidente que esta progressão da variante Ómicron que se faz na vertical traga uma sobrecarga à linha de Saúde 24 e como a senhora ministra da Saúde disse ontem só temos a agradecer a compreensão e paciência de que as pessoas estão a dar provas. O que estamos a fazer é a reforçar as condições de eficácia  "para que possa responder a esta procura muito grande e muito repentina".

"Bom ano para todos e não se esqueçam das regras"

Na semana passada, o Governo resolveu antecipar a chamada "semana de contenção", inicialmente prevista para o início de janeiro, para 25 de dezembro, transformando em duas as semanas de teletrabalho obrigatório, encerramento de atividades educativas (creches e ATL's por exemplo) e de bares e discotecas. Foi alargada a exigência de testes por exemplo para acesso a eventos culturais e foi reduzida a lotação nos espaços comerciais.

Nos dias 30, 31 e 1 de janeiro será necessário um teste negativo para acesso a restaurantes, casinos e festas de passagem de ano; serão proibidos os ajuntamentos de mais de dez pessoas na rua; e também será proibido o consumo de bebidas alcoólicas na via pública.

"Bom ano para todos e não se esqueçam das regras para os dias 31 e 1", concluiu o ministro.

    Notícia atualizada com mais informação às 13:22.

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