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Rio contra "desconfinamento global" para o país não ter de parar todo outra vez

O presidente do PSD defende que o plano de desconfinamento avance tendo em conta os fatores de risco em cada concelho, não devendo avançar nos municípios com maior risco de contágio, nem nos concelhos limítrofes.

Ao contrário dos anteriores, o barómetro de março da Intercampus traz más notícias para o presidente do PSD, Rui Rio.
Paulo Novais/Lusa
13 de Abril de 2021 às 18:32
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O PSD não quer um "desconfinamento global", mas uma reabertura feita caso a caso e tendo em consideração o risco de contágio nos diferentes concelhos, e mantém, se dúvidas houvesse, o apoio ao estado de emergência enquanto este regime se revelar necessário para o Governo adotar medidas de combate à crise pandémica. 

No final da conversa mantida com o Presidente da República a propósito do prolongamento do estado de emergência cuja votação parlamentar está já prevista para amanhã, Rui Rio começou por sinalizar apreensão com a evolução do índice de transmissibilidade (Rt) que, considerando isoladamente o dia 8 de abril, já ultrapassou o limite de 1.

Por outro lado, na reunião do Infarmed os especialistas em saúde pública estimaram que até ao final de maio será atingido o limite de 240 novos casos por 100 mil habitantes em 14 dias. "E ainda temos a União Europeia a subir fortemente [em novos casos] e em situação pior ainda do que Portugal", anotou.

No entender do líder social-democrata, e conjugados estes dois fatores, o Governo deve seguir um rumo baseado em duas premissas fundamentais. "Em primeiro lugar, não continuar o desconfinamento global no país, não desconfinar naqueles concelhos com indicadores de risco mais elevados e nos concelhos límitrofes. Caso contrário, daqui por um ou dois meses teremos de parar o país todo outra vez", alertou insistindo que é "importante não desconfinarmos tudo" de uma vez.

A segunda linha de atuação que Rio aconselha ao Governo consiste em "fazer melhor esforço em termos de testagem, que apesar de tudo não tem corrido da melhor maneira, designadamente nas escolas". "Se estamos a abrir aquilo que é o principal perigo, então que se façam os testes como devem ser feitos", sustentou em referência à testagem da comunidade escolar de modo a que depois se possa fazer um "rastreio bem feito em relação aos casos detatados". 

Rio avisou ainda para o risco acrescido trazido pela variante sul-africana, ainda que notando que esta estirpe permanece controlada em Portugal. Nesse sentido, alertou que o controle nos aeroportos é vital e pediu ao Governo que assegure que aqueles sejam "muito bem fiscalizados".

Em relação ao processo de vacinação, admitiu que esta "melhorou", porém "não tem o ritmo que estava previsto", o que leva Rui Rio a pedir ao Executivo socialista que "acelere" e cumpra o "novo plano".

Numa nota positiva, explicou que se o país cumprir o plano previsto, na primeira semana de junho poderão estar vacinadas todas as pessoas com mais de 60 anos de idade, faixa etária onde se deram 96% das mortes por covid-19. Isto significa que, cumprindo o plano de vacinação, ficará em breve salvaguardada a capacidade de resposta do Serviço Nacional de Saúde. 

Já quanto à renovação do estado de emergência, limitou-se a confirmar que o PSD mantém a posição de "não obstaculizar a que o Governo tenha todos os meios para combater a pandemia", pelo que se o entendimento for no sentido do respetivo prolongamento, os sociais-dmeocratas voltarão a votar favoravelmente. 

(Notícia atualizada)
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