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Quase um terço dos portugueses opta por compras natalícias exclusivamente online

Três em cada 10 portugueses prefere, este ano, realizar as suas compras natalícias exclusivamente online, despendendo, em média, de 374 euros. Ainda assim, apesar das mudanças e da crise pandémica, 75% dos inquiridos planeia gastar o mesmo valor do que em 2019.

Getty Images
22 de Dezembro de 2020 às 16:02
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Neste ano atípico, 30% dos portugueses preferem fazer as suas compras natalícias online e planeiam gastar, em média, 374 euros, somente menos onze do que no ano transato.

"Quando analisada a variação dos valores gastos ao longo dos anos em compras de Natal, verifica-se uma oscilação significativa. Em 2009, os portugueses previam gastar 490 euros, mas 11 anos depois, este valor diminuiu consideravelmente, fruto da conjuntura socioeconómica", afirma Mafalda Ferreira, docente do Instituto Português de Administração de Marketing (IPAM) e coordenadora deste estudo sobre os hábitos dos portugueses face às compras de Natal.

Quanto ao local para a realização de compras, o número de inquiridos que opta pelos centros comerciais (20%) é superior ao de quem escolhe o comércio de rua (10%), sendo que a pandemia trouxe uma alteração profunda dos locais de compra, com 30% dos inquiridos a afirmar que fará exclusivamente compras online, quintuplicando a percentagem do ano anterior (6,1%).

"Como resultado da pandemia e provável crise económica dos próximos tempos, estes resultados não surgem como estranhos, nomeadamente, no caso do aumento acentuado das compras exclusivamente online. Os portugueses estão com sentimentos negativos face ao consumo, que se acentuaram nesta época natalícia, e estes valores são um reflexo disso", acrescenta Mafalda Ferreira, citada em comunicado.

Relativamente ao subsidio de Natal, 28% dos inquiridos não irão receber, o que terá um impacto negativo no comportamento face ao consumo nesta quadra. Dos que recebem subsídio de Natal, 15,6% prevê despender entre 51% a 75% desta quantia extra em compras; 5,8% vai gastar a totalidade do subsídio; enquanto 8% pretende poupar a totalidade deste valor.

Cerca de 17% dos portugueses confessaram que em 2020 irão gastar um valor inferior ao de 2019, sendo que 75% dos inquiridos respondeu que irá gastar o mesmo que no ano anterior, o que remete, apesar de tudo, para uma estabilidade no comportamento do consumidor em 2020. 

Quanto aos destinatários dos presentes de Natal, as crianças são privilegiadas nos agregados familiares com filhos (55% dos inquiridos), em 100% dos casos analisados neste estudo. De referir ainda que, em 75% dos casos, é mencionada a intenção de compra de presentes para o cônjuge e, em 62%, para os pais, irmãos e outros familiares. Apenas 30% dos inquiridos refere a intenção de comprar prendas para amigos.
 
Relativamente aos produtos a comprar, para as crianças até aos 12 anos as prendas preferidas serão brinquedos (48%), seguidas de roupas e sapatos (20%) e livros (8%). Para os adolescentes (entre os 12 e os 18 anos) as escolhas recaem na roupa/sapatos (32,1%)jogos eletrónicos (16%) e acessórios (8%). Para os adultos, a opção mais escolhida para os presentes de natal são roupa/sapatos (30%), seguida de acessórios (21%) e livros (16%).
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