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PS admite confinamento com salvaguarda das escolas e apoio à economia

No final de uma audiência com o primeiro-ministro, António Costa, em São Bento, sobre um eventual agravamento das medidas de combate à covid-19 em Portugal, José Luís Carneiro disse ser necessário aguardar pela reunião de terça-feira com os especialistas para que se tome "uma decisão política mais alicerçada".

José Luís Carneiro
08 de Janeiro de 2021 às 18:54
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O secretário-geral adjunto do PS admitiu hoje que Portugal poderá regressar a um confinamento muito próximo do da primeira fase da pandemia, mas pediu que se salvaguardem as escolas e se apoiem os setores económicos mais atingidos.

Em declarações aos jornalistas, no final de uma audiência com o primeiro-ministro, António Costa, em São Bento, sobre um eventual agravamento das medidas de combate à covid-19 em Portugal, José Luís Carneiro (na foto) disse ser necessário aguardar pela reunião de terça-feira com os especialistas para que se tome "uma decisão política mais alicerçada".

"Todavia, os números conhecidos e a previsão de crescimento, exigem a adoção de medidas que serão medidas de maior exigência do ponto de vista do controlo dos movimentos dos fluxos sociais, dos fluxos laborais e mesmo da própria atividade económica", afirmou.

José Luís Carneiro adiantou que se pode "prever o regresso a medidas de confinamento que em muito se aproximarão das medidas adotadas em outros momentos, na primeira fase".

"Há, todavia, dimensões que para o PS importa salvaguardar, nomeadamente a dimensão escolar e o progresso escolar das crianças, adolescentes e jovens de forma a não prejudicar ainda mais as jovens gerações", defendeu, numa audiência em que esteve acompanhado pela líder parlamentar do PS, Ana Catarina Mendes.

O dirigente socialista disse estar a referir-se ao universo escolar "desde o ensino básico ao ensino superior".

Por outro lado, José Luís Carneiro defendeu a importância de o Governo "garantir medidas de mecanismos de apoio que protejam o emprego e a atividade económica", em concreto nos setores mais afetados, referindo a hotelaria ou restauração como exemplos.

"Que haja uma resposta que garanta a substância das condições de vida das nossas comunidades económicas", apelou, defendendo, por exemplo, a continuidade do mecanismo de 'lay off' assumido a 100% pelo Estado.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.899.936 mortos resultantes de mais de 88 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 7.590 pessoas dos 466.709 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

O estado de emergência decretado a 9 de novembro para combater a pandemia foi renovado com efeitos desde as 00:00 de 8 de janeiro, até dia 15.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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