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Procura global por ventiladores supera em 10 vezes a oferta, diz fabricante

“A procura é muito mais alta do que os pedidos que podemos receber; os pedidos superam muito a nossa capacidade atual”, disse Li Wenmei, secretária do conselho da empresa.

28 de Março de 2020 às 12:00
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O aumento do número de pacientes graves infetados com coronavírus tem impulsionado a procura por ventiladores, que agora supera em pelo menos dez vezes a oferta disponível em hospitais em todo mundo, segundo a principal fabricante de dispositivos médicos da China.

A Shenzhen Mindray Bio-Medical Eletronics, juntamente com outros fabricantes de ventiladores chineses, regista um aumento das encomendas dada a maior procura por máquinas utilizadas em unidades de terapia intensiva. Em casos graves, a disponibilidade de um ventilador para ajudar um paciente de covid-19 a respirar pode determinar a sua sobrevivência.

"A procura é muito mais alta do que os pedidos que podemos receber; os pedidos superam muito a nossa capacidade atual", disse Li Wenmei, secretária do conselho da empresa, em entrevista à Bloomberg, na quarta-feira.

Com o número global de mortes por coronavírus acima das 18 mil, médicos de Milão a Nova York precisam desesperadamente de ventiladores.

Hospitais que normalmente possuem apenas algumas máquinas, agora precisam de uma para cada paciente grave. Embora o presidente dos EUA, Donald Trump, tenha dado sinal verde para fabricantes de automóveis como a Tesla fabricarem ventiladores para compensar o déficit, esses aparelhos complexos não são tão facilmente produzidos como outros equipamentos médicos, como máscaras cirúrgicas ou álcool gel.

Nos Estados Unidos, a Sociedade de Medicina de Cuidados Críticos estima que 960.000 pacientes vão precisar do apoio de um ventilador devido ao surto de covid-19, mas o país só tem cerca de 200.000 destas máquinas. Em Itália, o país com o maior número de mortes decorrentes da pandemia, uma escassez aguda de ventiladores forçou os médicos a triar os pacientes.

 

A Midray, que fabrica tanto quanto 3.000 ventiladores por mês, está agora a tentar atrasar a entrega de pedidos aos clientes domésticos para enviar para os compradores estrangeiros que mostram uma maior urgência, disse Li. Na China, os novos casos diminuíram e a população está a retomar o trabalho e a vida normal, mesmo com a pandemia a acelerar a nível global.

 

A produção de ecrãs que monitorizam os pacientes, onde se acompanham os sinais vitais daqueles que estão em estado crítico, também quase que triplicaram desde o ano passado, afirma Li. A Mindray agora fabrica 30.000 monitores por mês.

 

Os ventiladores injetam oxigénio nos pulmões e removem o dióxido de carbono do corpo. Muito spacientes que estão hospitalizados e que constituem casos severos de coronavírus precisam destas máquinas porque o nível de ocigénio no sangue cai precipitadamente, o que pode resultar no dano de órgãos e potencialmente, ameaça a vida.

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