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PCP diz que Governo não está a ponderar "restrições significativas"

O secretário-geral do PCP afirmou esta terça-feira que o Governo não está a preparar "restrições significativas" para responder ao aumento de contágios de covid-19 e defendeu que, apesar da "evolução negativa", não há "razão funda" para "depressão" ou "medo".

Miguel A. Lopes/Lusa
23 de Novembro de 2021 às 20:00
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"Ficámos com a ideia de que não vão existir restrições significativas, de que deve haver a nossa própria defesa no plano de evitar o contágio, tomarmos as nossas medidas de proteção sanitária", frisou Jerónimo de Sousa à saída de uma reunião com o primeiro-ministro sobre a situação epidemiológica.

O secretário-geral do PCP defendeu que "seria profundamente negativo", designadamente no que se refere a "alguns setores económicos" que, neste momento, "existissem muitas restrições" que são "muitas vezes mal explicadas".

"Neste quadro parece que, desta vez, não vamos ter essa situação", reiterou.

Na ótica de Jerónimo de Sousa, apesar de se estar a testemunhar uma "evolução negativa" da pandemia, "não há uma razão funda para qualquer sinal de depressão, de medo, junto das pessoas".

Frisando que "na evolução da situação pesou muito a vacinação", o líder comunista disse ter transmitido ao Governo a necessidade de "encontrar respostas que visem o reforço da vacinação e dos serviços públicos de saúde", assim como de "montar ou remontar o aparelho" de vacinação "para o caso de evolução deste processo".

Questionado sobre se está a ser equacionado pelo Governo a vacinação dos mais novos -- numa altura em que Bruxelas está a aguardar luz verde da Agência Europeia de Medicamentos sobre a vacinação das crianças entre os cinco e os 11 anos contra a covid-19 -, Jerónimo de Sousa disse que, neste momento, os mais de 65 anos "vão ter uma fase prioritária".

Apesar disso, o secretário-geral do PCP defendeu que a vacinação das crianças é uma "consideração de grande pertinência e de grande atualidade a que é preciso responder" e relembrou que, na reunião de sexta-feira passada do Infarmed, essa possibilidade foi admitida.

Interrogado novamente se, depois do encontro com o primeiro-ministro, ficou com a ideia de que o Governo está a preparar essa vacinação, Jerónimo de Sousa respondeu: "Não tenho assim essa confiança e essa segurança".

O primeiro-ministro, António Costa, recebe, entre hoje e quarta-feira, os partidos com representação parlamentar sobre a situação epidemiológica em Portugal, num momento em que o país regista um crescimento das taxas de incidência e de transmissão (Rt) da covid-19, antes de o Governo aprovar medidas.

Para além do chefe do executivo, estão nestas reuniões a ministra de Estado e da Presidência Mariana Vieira da Silva, a ministra da Saúde, Marta Temido, e o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Duarte Cordeiro.


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