Notícia
Parlamento brasileiro pede ajuda à ONU para combater pandemia
Tanto o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, como o líder da Câmara dos deputados, Arthur Lira, informaram nas suas redes sociais sobre as conversações com Guterres, a quem explicaram a situação crítica do Brasil, que ultrapassa 350 mil mortes e 13,4 milhões de casos do novo coronavírus, com hospitais à beira do colapso.
12 de Abril de 2021 às 23:33
Os presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados do Brasil informaram hoje que pediram ao secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, ajuda para melhorar o acesso do país às vacinas contra a covid-19.
Tanto o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, como o líder da Câmara dos deputados, Arthur Lira, informaram nas suas redes sociais sobre as conversações com Guterres, a quem explicaram a situação crítica do Brasil, que ultrapassa 350 mil mortes e 13,4 milhões de casos do novo coronavírus, com hospitais à beira do colapso.
"Expusemos a situação dramática do Brasil" e "reforçámos o pedido de ajuda à ONU para que o país se converta numa prioridade para o consórcio Covax Facility, a fim de que haja uma antecipação na entrega das vacinas", explicou Pacheco.
O consórcio Covax Facility é uma iniciativa que reúne cerca de 150 países e visa garantir uma distribuição equilibrada de vacinas, das quais o Brasil reservou 42 milhões de doses, mas ainda não recebeu nenhuma.
Além dessas, o Governo brasileiro, presidido por Jair Bolsonaro, assegura ter "contratado" outras 500 milhões de doses de imunizantes a diversos laboratórios, suficientes para vacinar os 212 milhões de brasileiros e que deverão chegar ao país ao longo deste ano.
No entanto, o processo de imunização avança muito lentamente no Brasil e, até ao momento, segundo dados oficiais, apenas 26 milhões de pessoas foram vacinadas, a grande maioria com a primeira das duas doses necessárias.
Grande parte das vacinas que o Brasil espera receber este ano será produzida pelo Instituto Butantan, de São Paulo, e pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), do Rio de Janeiro, que têm acordos para a produção dos antídotos desenvolvidos pelo laboratório chinês Sinovac e peko consórcio AstraZeneca/Universidade de Oxford.
No entanto, até agora, os dois institutos limitam-se a envasilhar no país as vacinas, sendo que só terão capacidade de as produzir na íntegra a partir do segundo semestre deste ano.
A conversa de Pacheco e Lira com Guterres ocorreu vinte dias após o Senado brasileiro ter aprovado uma moção na qual pediu ajuda à comunidade internacional para a vacinação contra a covid-19 e alertou para o facto de o país sul-americano poder constituir um "risco real para o mundo".
O pedido foi dirigido à ONU, à Organização Mundial da Saúde (OMS) e à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), bem como ao G20, aos parlamentos dos Estados Unidos, Reino Unido e China, e aos laboratórios produtores de vacinas.
O documento destacou que este pedido ocorre "quando a sombra nefasta da morte paira sobre milhões de brasileiros e em que novas formas do vírus de covid-19 se convertem numa ameaça global", em alusão às novas estirpes que circulam no Brasil, incluindo uma três vezes mais contagiosa e detetada no Amazonas (P.1).
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.937.355 mortos no mundo, resultantes de mais de 135,9 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Tanto o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, como o líder da Câmara dos deputados, Arthur Lira, informaram nas suas redes sociais sobre as conversações com Guterres, a quem explicaram a situação crítica do Brasil, que ultrapassa 350 mil mortes e 13,4 milhões de casos do novo coronavírus, com hospitais à beira do colapso.
O consórcio Covax Facility é uma iniciativa que reúne cerca de 150 países e visa garantir uma distribuição equilibrada de vacinas, das quais o Brasil reservou 42 milhões de doses, mas ainda não recebeu nenhuma.
Além dessas, o Governo brasileiro, presidido por Jair Bolsonaro, assegura ter "contratado" outras 500 milhões de doses de imunizantes a diversos laboratórios, suficientes para vacinar os 212 milhões de brasileiros e que deverão chegar ao país ao longo deste ano.
No entanto, o processo de imunização avança muito lentamente no Brasil e, até ao momento, segundo dados oficiais, apenas 26 milhões de pessoas foram vacinadas, a grande maioria com a primeira das duas doses necessárias.
Grande parte das vacinas que o Brasil espera receber este ano será produzida pelo Instituto Butantan, de São Paulo, e pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), do Rio de Janeiro, que têm acordos para a produção dos antídotos desenvolvidos pelo laboratório chinês Sinovac e peko consórcio AstraZeneca/Universidade de Oxford.
No entanto, até agora, os dois institutos limitam-se a envasilhar no país as vacinas, sendo que só terão capacidade de as produzir na íntegra a partir do segundo semestre deste ano.
A conversa de Pacheco e Lira com Guterres ocorreu vinte dias após o Senado brasileiro ter aprovado uma moção na qual pediu ajuda à comunidade internacional para a vacinação contra a covid-19 e alertou para o facto de o país sul-americano poder constituir um "risco real para o mundo".
O pedido foi dirigido à ONU, à Organização Mundial da Saúde (OMS) e à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), bem como ao G20, aos parlamentos dos Estados Unidos, Reino Unido e China, e aos laboratórios produtores de vacinas.
O documento destacou que este pedido ocorre "quando a sombra nefasta da morte paira sobre milhões de brasileiros e em que novas formas do vírus de covid-19 se convertem numa ameaça global", em alusão às novas estirpes que circulam no Brasil, incluindo uma três vezes mais contagiosa e detetada no Amazonas (P.1).
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.937.355 mortos no mundo, resultantes de mais de 135,9 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.