Notícia
Ordem dos Médicos alerta para "grave sobrecarga" nas urgências pela Linha SNS 24
"A Ordem dos Médicos tem recebido numerosas queixas de médicos de toda a região Centro que alertam para o encaminhamento errado, do ponto de vista clínico, através da Linha SNS 24", é referido.
25 de Outubro de 2020 às 09:56
A Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM) alertou hoje que a atuação da Linha SNS 24, no âmbito da covid-19, causa uma "grave sobrecarga" nas urgências, pelo que defende alterações na referenciação dos doentes.
Em comunicado enviado à agência Lusa, a SRCOM "considera inadmissível a forma como está a ser feita a referenciação dos doentes através da Linha SNS 24 e solicita uma atuação urgente por parte do Ministério da Saúde e da Direção-Geral da Saúde (DGS) que têm mantido, até agora, uma inexplicável passividade na resolução deste problema".
"A Ordem dos Médicos tem recebido numerosas queixas de médicos de toda a região Centro que alertam para o encaminhamento errado, do ponto de vista clínico, através da Linha SNS 24", é referido.
Segundo a nota, "situações não urgentes ou em que nem sequer existe doença estão a ser encaminhadas, quer para as urgências de adultos, para as urgências pediátricas e até para as unidades de cuidados de saúde primários, estando em causa a 'grave sobrecarga' dos serviços".
"Estão a chegar às urgências, via SNS 24, utentes sem qualquer sintoma, nalguns casos porque estiveram em contacto com pessoas suspeitas de terem covid-19 ou porque testaram positivo, o que não constitui, só por si, indicação para serem atendidos em ambiente de urgência. Noutros casos, são doentes com sintomas ténues cuja indicação é manterem-se no seu domicílio", explica Carlos Cortes, presidente daquela estrutura.
O responsável, citado no comunicado, alerta que o Ministério da Saúde "está a permitir, também, que as urgências sejam postos de colheita para testagem do SARS-CoV-2 e isso assume contornos muito perigosos, já que o número de patologias graves, nomeadamente descompensações de patologias crónicas, estão a ser cada vez mais frequentes e precisam de atendimento urgente".
"De forma a evitar descoordenação, o Ministério da Saúde e a DGS têm de atualizar os procedimentos e garantir o acompanhamento e a melhor assistência nos serviços de urgência aos doentes com covid-19 e com todas as outras patologias", defende Carlos Cortes.
A SRCOM apela ao Ministério da Saúde e à DGS que tornem públicos "os protocolos e algoritmos em vigor na Linha SNS 24 (808 24 24 24), de forma a que os médicos possam dar um contributo eficaz para melhorar o encaminhamento de doentes".
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e mais de 42,2 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 2.297 pessoas dos 116.109 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.
Em comunicado enviado à agência Lusa, a SRCOM "considera inadmissível a forma como está a ser feita a referenciação dos doentes através da Linha SNS 24 e solicita uma atuação urgente por parte do Ministério da Saúde e da Direção-Geral da Saúde (DGS) que têm mantido, até agora, uma inexplicável passividade na resolução deste problema".
Segundo a nota, "situações não urgentes ou em que nem sequer existe doença estão a ser encaminhadas, quer para as urgências de adultos, para as urgências pediátricas e até para as unidades de cuidados de saúde primários, estando em causa a 'grave sobrecarga' dos serviços".
"Estão a chegar às urgências, via SNS 24, utentes sem qualquer sintoma, nalguns casos porque estiveram em contacto com pessoas suspeitas de terem covid-19 ou porque testaram positivo, o que não constitui, só por si, indicação para serem atendidos em ambiente de urgência. Noutros casos, são doentes com sintomas ténues cuja indicação é manterem-se no seu domicílio", explica Carlos Cortes, presidente daquela estrutura.
O responsável, citado no comunicado, alerta que o Ministério da Saúde "está a permitir, também, que as urgências sejam postos de colheita para testagem do SARS-CoV-2 e isso assume contornos muito perigosos, já que o número de patologias graves, nomeadamente descompensações de patologias crónicas, estão a ser cada vez mais frequentes e precisam de atendimento urgente".
"De forma a evitar descoordenação, o Ministério da Saúde e a DGS têm de atualizar os procedimentos e garantir o acompanhamento e a melhor assistência nos serviços de urgência aos doentes com covid-19 e com todas as outras patologias", defende Carlos Cortes.
A SRCOM apela ao Ministério da Saúde e à DGS que tornem públicos "os protocolos e algoritmos em vigor na Linha SNS 24 (808 24 24 24), de forma a que os médicos possam dar um contributo eficaz para melhorar o encaminhamento de doentes".
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e mais de 42,2 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 2.297 pessoas dos 116.109 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.