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Mortalidade subiu em 199 concelhos. Há 11 em que duplicou. Veja no mapa o seu

A mortalidade aumentou em quase duas centenas de concelhos entre 26 de outubro e 22 de novembro face à média no período homólogo dos últimos cinco anos. E em 11 municípios o número de óbitos mais do que duplicou. Veja no mapa o que aconteceu no seu concelho.

05 de Dezembro de 2020 às 10:00
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A mortalidade em Portugal aumentou 24% nas quatro semanas de 26 de outubro a 22 de novembro face à média observada no período homólogo dos cinco anos anteriores, revela o Instituto Nacional de Estatística (INE).

A região Norte apresenta um crescimento de 40% nos óbitos, destacando-se a subregião do Tâmega e Sousa, onde a incidência da pandemia é particularmente elevada, com um aumento de 83% na mortalidade neste período.

O Algarve e a Madeira, com descidas de 2% e 1%, respetivamente, são as únicas regiões onde o número de falecimentos diminuiu face à média dos últimos cinco anos.

Apesar de não ser possível estabelecer uma correlação perfeita entre a incidência da pandemia e o aumento da mortalidade, constata-se que muitos dos concelhos onde se regista um maior crescimento nos óbitos são aqueles onde o número de casos por 100 mil habitantes é mais elevado.

É de notar que as variações percentuais tendem a ser mais significativas em concelhos com menos população e onde se registam menos óbitos. Nestes municípios os números podem ser "inflacionados" com surtos em lares de idosos que provoquem vítimas mortais.

11 concelhos mais do que duplicam a mortalidade
Dos 308 municípios de Portugal, em 11 o número de óbitos registados mais do que duplica a média do período homólogo em 2015 a 2019.

A maior subida é observada em Alfândega da Fé, com um incremento de 165% a que corresponde um rácio de 2,65. Seguem-se Celorico da Beira (150%) e Lousada (143%), este último o segundo concelho com maior incidência de casos de covid-19.

Deste lote de 11 municípios constam ainda Penela, Paços de Ferreira, Coruche, Sever do Vouga, Sardoal, Caminha, Sines e Ribeira Brava.

No entanto, Lousada e Paços de Ferreira têm 46,7 mil e 56,7 mil habitantes, respetivamente. Os restantes municípios em que a mortalidade mais do que duplicou têm entre 3.700 e 17.500 residentes.

Sete dezenas de municípios com crescimento acima de 50%
O INE destaca que em 70 concelhos a mortalidade aumentou pelo menos 50% e refere que "evidencia-se um grupo de 15 municípios contíguos das subregiões Tâmega e Sousa, Ave e Área Metropolitana do Porto".

Neste lote de 70 municípios já constam alguns concelhos com mais de 100 mil habitantes, como Guimarães (81%), Vila Nova de Famalicão (67%) e Matosinhos (59%).

Há ainda outros nove municípios com mais de 50 mil habitantes a apresentarem uma subida de mais de 50% na mortalidade: Amarante, Felgueiras, Figueira da Foz, Marco de Canavezes, Oliveira de Azeméis, Ovar, Paredes, Penafiel e Santo Tirso.

Mortes sobem 40% na Área Metropolitana do Porto e 23% na de Lisboa
O contraste entre o Norte e o resto do país na intensidade da segunda vaga da pandemia fica também patente na evolução da mortalidade nas Áreas Metropolitanas do Porto (AMP) e Lisboa (AML).

Enquanto na área da Invicta a mortalidade sobe 40% face à média dos últimos cinco anos, na AML o incremento é de 23%.

Mais. Na AMP apenas Arouca apresenta um decréscimo na mortalidade, com uma descida de 53%. E apenas outros quatro concelhos ficam abaixo da subida de 24% registada em Portugal: Póvoa de Varzim, Santa Maria da Feira, Vale de Cambra e Vila do Conde.

Já na Área Metropolitana de Lisboa são sete os municípios abaixo da média nacional e apenas Alcochete (64%) regista um aumento na mortalidade acima de 50%. 

Nos concelhos mais populosos da AML - Lisboa (17%), Sintra (18%), Cascais (21%), Loures (17%) - a subida no número de óbitos é inferior à média nacional.
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