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Medicamento da Gilead contra covid-19 falha no primeiro teste. Ações perdem 6%

O remdesivir, um medicamento que estava a ser desenvolvido pela farmacêutica norte-americana para o combate à covid-19, falhou no primeiro teste a que foi sujeito. Depois da notícia avançada pelo FT, as ações da empresa norte-americana caíram.

Empresas que fornecem material ou que estão a desenvolver tratamentos contra a covid-19 lideram os ganhos.
Danish Siddiqui/Reuters
23 de Abril de 2020 às 18:42
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O medicamento que estava a ser testado pela farmacêutica Gilead, para o tratamento da covid-19, falhou no seu primeiro teste clinico, segundo escreve o Financial Times, nesta quinta-feira, dia 23 de abril, citando um documento publicado acidentalmente pela Organização Mundial de Saúde (OMS). 

Os testes que estavam a ser feitos na China mostraram que o remdesivir, desenvolvido pela norte-americana Gilead Sciences, não melhorou a condição dos pacientes e não eliminou o agente infeccioso do sistema sanguíneo. 

Nesta primeira avaliação oficial, os investigadores tratam de dar o medicamento a 158 pacientes e comparar a sua reação com a dos restantes 79, que participaram no teste mesmo não tendo tomado o medicamento. De acordo com o FT, os resultados mostraram ainda efeitos secundários em 18 pacientes, que foram imediatamente retirados da fase de testes. 

Depois de a notícia ter sido revelada as ações da Gilead começaram a cair em bolsa e por esta altura desvalorizam 6,26% para os 76,22 dólares por ação. 

Na semana passada, depois de parecer que os testes estavam a ter efeitos em alguns pacientes, a Gilead chegou a valorizar 16%, mas as suspeitas de sucesso não se verificaram. 

A OMS disse que o documento preliminar, que está ainda a passar por uma fase de revisão, foi publicado por descuido. 

A Gilead alertou que a publicação incluía "caractericas inadequadas do estudo" e que foi até ao momento "insuficiente para permitir conclusões estatisticamente significativas", afirmou.

"Como tal, os resultados do estudo são inconclusivos, embora as tendências nos dados sugiram um benefício potencial para o remdesivir, principalmente entre os pacientes tratados no início da doença", acrescentou a empresa, em resposta ao FT.
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