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Marcelo prepara país para confinamento até final de março
O Presidente da República deixa antever confinamento até final de março. "Temos de estar preparados para confinamento e ensino à distância mais duradouros do que esperávamos", disse.
Frisando que "joga-se tudo nas próximas semanas", o chefe de Estado advertiu que os portugueses terão de estar preparados para o esforço de conter a pandemia ficando em casa "até março, inclusive".
Marcelo Rebelo de Sousa referiu que "a variante inglesa surgiu e alastrou-se vertiginosamente, sendo responsável por 50% dos novos casos na região de Lisboa".
E, frisou, "o número de mortos cresce a um ritmo que há meses era inimaginável". E, prosseguiu, "com ele cresce a perigosa insensibilidade à morte. Com essa insensabilidade cresce a negação do estado de emergência, do confinamento".
"O que verdadeiramente importa nestes momentos mais difíceis e mesmo mais dramáticos é não perder a linha de rumo, não perder a determinação, não perder a capacidade de resistir, de melhorar", continuou.
"Se é verdade que desta vez vaga começou no ocidente" e Portugal "é dos primeiros e não dos últimos a serem atingidos", há que ser "mais restritos, mais rigorosos e mais firmes no que fizermos e não fizermos", advertiu.
"Temos de estar preparados para confinamento e ensino à distância mais duradouros do que se pensava", sublinhou, preparando o país para um prolongamento das restrições. "O que for feito até março, inclusive, determinará o que vão ser a primavera, o verão e quem sabe o outono", defendeu, rematando que "joga-se tudo nas próximas semanas".
E, assinalou ainda, "os custos económicos e sociais" deste confinamento será muito inferior ao de ter uma pandemia que se estenda "até outubro deste ano".
Ninguém quer centenas de políticos a passar à frente na vacinação
O Presidente abordou também a questão da vacinação prioritária dos políticos.
"Temos de continuar a vacinar sempre, melhor e ainda mais depressa", salientou, mas "sem criar especulações que nos enfraqueçam", notou, numa alusão a polémicas sobre notícias de vacinas administradas a pessoas não prioritárias e à inclusão de políticos no lote de prioritários.
"Ninguém, de bom senso, quereria fazer passar centenas, ou um milhar, de titulares de cargos políticos ou de funcionários, por muito importantes que fossem, de supetão, à frente de milhares de idosos com as doenças mais graves e, por isso, da mais óbvia prioridade", afirmou Marcelo.