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Lambda é a mais recente variante a despertar a atenção da OMS. Já há dois casos em Portugal

Foi identificada primeiro em dezembro em 2020 no Peru e levou já a, pelo menos, dois casos em Portugal. Os estudos dividem-se entre os que afirmam que é mais contagiosa e os que concluem que não.

06 de Julho de 2021 às 19:18
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Há uma nova variante da covid-19 que tem despertado a atenção dos especialistas e levou já a Organização Mundial de Saúde (OMS) a considerá-la "variante de interesse". A Lambda, como foi apelidada, vem do Peru e está já presente em, pelo menos, 27 países, incluindo Portugal.

Foi detetada pela primeira vez em dezembro de 2020 no Peru, onde se estima que seja responsável por 82% de todos os casos identificados, e está também amplamente espalhada por toda a América Latina e presente na Europa. Está já igualmente em Portugal, através de dois casos, segundo o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA) - um em abril e outro em junho.

A variante, ainda pouco estudada, tem sido descrita com mais transmissível do que as outras estirpes em circulação na Europa. Mas alguns especialistas ouvidos pelo Financial Times não confirmam esse facto. É o caso de Jairo Méndez Rico, conselheiro da Organização de Saúde Pan-americana: "De momento, não existem provas que mostrem que é mais agressiva do que outras variantes. (…) É possível que apresente um maior risco de contágio, mas é preciso continuar a estudá-la", disse.

A Lambda foi entretanto considerada como variante de interesse pela OMS, o que significa que a sua prevalência em certos países e transmissibilidade levantaram a necessidade de uma investigação mais profunda. De facto, Jeff Barrett, especialista em covid-19 do Instituto Wellcome Sanger, no Reino Unido, considera que "é difícil perceber esta variante devido ao seu conjunto pouco habitual de mutações quando comparada com outras variantes".

Uma das mutações que despertou o interesse dos investigadores é a L452, que aparenta um efeito semelhante à mutação observada na variante Delta e conhecida por lhe conferir uma maior capacidade de contágio.

Quanto à eficácia das vacinas, os estudos publicados até agora são contraditórios. Um estudo publicado na Grossman School of Medicine da Universidade de Nova Iorque, que aguarda revisão de pares, reporta que as vacinas aparentam ser eficazes contra a variante. Por outro lado, um outro estudo pré-publicado pela Universidade de Santiago do Chile conclui que a mutação da variante lhe confere a capacidade de se evadir aos anticorpos e uma diminuição da eficácia da vacina.

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