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Johnson & Johnson adia entregas da vacina contra a Covid-19 na Europa

A farmacêutica anunciou em comunicado que decidiu adiar a disponibilização da vacina contra a Covid-19 na Europa.

13 de Abril de 2021 às 14:43
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Após a suspensão da vacina nos Estados Unidos, anunciada esta manhã, a Johnson & Johnson decidiu adiar a entrega da vacina na Europa.

Esta manhã foi anunciado pelo regulador norte-americano, a FDA, e o Centro para o Controlo de Doenças (CDC) a suspensão da administração da vacina no país, após terem sido detetados seis casos de coágulos sanguíneos em pessoas que receberam esta vacina.

Através de comunicado, a J&J anuncia que vai adiar a chegada da vacina à Europa, indicando que está a colaborar com as autoridades europeias para analisar os casos de coágulos detetados. De acordo com o anúncio da FDA, foram detetados coágulos em seis mulheres com idades entre os 18 e os 48 anos, tendo uma delas morrido e outra encontra-se em estado crítico. As pacientes desenvolveram os coágulos no espaço de duas semanas após a toma da vacina.

A vacina desenvolvida pela Janssen, uma das empresas da farmacêutica, começaria a ser disponibilizada na Europa esta semana.

Ao contrário das restantes vacinas aprovadas pela Agência Europeia do Medicamento, a vacina da Johnson & Johnson é de dose única - algo que poderia ajudar a União Europeia a avançar na campanha de vacinação, já que Bruxelas esperava receber cerca de 55 milhões de doses. 

Nos Estados Unidos, a vacina da J&J já foi administrada a cerca de 6,8 milhões de pessoas.

EMA está "a investigar" relação entre vacina e coágulos

A Agência Europeia do Medicamento (EMA) destacou que ainda está "a investigar" os casos de tromboembolismo detetados após a administração da vacina da Johnson & Johnson. De acordo com o regulador, "para já, não se sabe se há relação causa-efeito".

O comité de segurança da EMA está a rever a segurança da vacina investigando estes casos e a necessidade de uma eventual medida de regulação só será decidida quando houver conclusões científicas, explicou uma porta-voz da agência, em declarações citadas pela Lusa.

A EMA afirma também que os casos que estão em investigação foram detetados nos Estados Unidos, país onde esta vacina foi administrada com uma autorização de uso de emergência.

(Atualizado para incluir declarações da EMA)
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