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Jerónimo reitera oposição ao estado de emergência e confirma congresso do PCP

O secretário-geral comunista confirmou em Belém que o PCP mantém a oposição ao estado de emergência que o Presidente da República que renovar e assegurou a realização do congresso do partido previsto para 27, 28 e 29 de novembro.

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18 de Novembro de 2020 às 13:45
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O líder do PCP pede "medidas de urgência para resolver os problemas" que o país atravessa, "designadamente no plano económico e social", e defende que o estado de emergência mostrou ser insuficiente para "resolver o problema", razão pela qual os comunistas mantêm a oposição à renovação deste estado de exceção. Jerónimo de Sousa assegura ainda que o congresso do PCP será realizado nas datas previstas, com garantias de segurança e cumprimento de todas as normas sanitárias.

No final do encontro com Marcelo Rebelo de Sousa realizado ao final da manhã em Belém, Jerónimo disse aos jornalistas presentes, em declarações reproduzidas pela CMTV, que "o estado de emergência acabou por prevalecer sem resolver o problema", nomeadamente os "problemas sérios" observados em várias áreas como acontece no setor industrial.

"Os portugueses têm de perceber, tem de ser explicado as medidas, o seu alcance, as suas consequências, procurar fazer, ouvir em termos de opinião pública, porque as pessoas têm esta aflição. Não percebem, não entendem as medidas e veem os seus problemas agravarar-se quotidianamente", começou por afirmar para notar que, "nesse sentido, colocámos ao senhor Presidente da República que mantínhamos a nossa posição em relação ao estado de emergência". O PCP tem votado contra os estados de emergência, em concreto aquele que está em vigor até 23 de novembro. 

"Não são necessários estados de emergêcnia, são é precisas medidas de urgência para resolver os problemas, designadamente no plano económico e social", sustentou o secretário-geral comunista a quem não bastam as "declarações bem intencionadas" sobre o reforço do Serviço Nacional de Sáude.«

Quanto às medidas que o Governo vier a aprovar para acompanhar a provável renovação do estado de emergência, Jerónimo de Sousa espera para ver "aquilo que vai ser apresentado", porém "há uma coisa que todos estaremos de acordo: As [medidas] que foram tomadas anteriormente não resultaram, não resultaram". 

Relativamente ao congresso nacional do PCP marcado para os dias 27, 28 e 29 de novembro, o líder comunista reitera que o mesmo decorrerá e que os comunistas "não subestimam as medidas necessárias" para fazer do evento um exemplo a seguir.

"O nosso congresso vai ser um exemplo demonstrativo de que é possível exercer direitos e liberdades. Estamos a falar de um congresso de um partido mas podíamos falar de um ato cultural, um evento, da pequena restauraçao, e este congresso vai demonstrar, tomando as medidas - reduzimos para 50% o número de delegados, vão estar ausentes os milhares de convidados que sempre participaram nos congressos do PCP, vai haver ausência de delegações estrangeiras, e vão ser tomadas todas as medidas sanitárias em termos de circulação, proteção individual -, e garantindo assim que é um congresso que permite, nesse aspecto, dar garantias."

(Notícia atualizada)
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