Notícia
Hospital da Cruz Vermelha fica fora da rede de combate à pandemia
O Hospital da Cruz Vermelha não vai integrar a "rede covid", criada em resposta à pandemia do novo coronavírus, anunciou hoje o executivo, realçando que esta decisão é tomada porque, face à situação atual, tal não é necessário.
09 de Abril de 2020 às 21:49
"Consideramos não se justificar atualmente a integração do Hospital da Cruz Vermelha na rede covid, sem prejuízo do contributo vital que, nesta fase, já é desenvolvido por essa instituição no apoio ao Estado num cenário ímpar e de especial exigência", lê-se numa nota conjunta dos ministérios da Saúde e da Defesa Nacional.
O Governo destacou "o papel da Cruz Vermelha Portuguesa como parte integrante da proteção civil, numa resposta articulada com as entidades competentes".
Segundo a nota do executivo, "a Cruz Vermelha Portuguesa tem demonstrado ser um parceiro absolutamente imprescindível ao serviço do país, expresso num vasto número de iniciativas e ações levadas a cabo no combate a esta epidemia, desde a realização de testes laboratoriais de triagem 'smart' junto dos lares de idosos, ao transporte de doentes suspeitos de covid-19, à cedência de equipamentos e ao apoio aos serviços de proteção civil e demais instituições, até à instalação da unidade modular no Hospital de Santa Maria para contenção de doentes suspeitos".
Isto, numa altura em Portugal, e quase todo o mundo enfrenta o surto do novo coronavírus, pelo que a colaboração intersectorial tem-se revelado "fundamental na preparação e resposta" a uma pandemia que exige um esforço coordenado dos diferentes setores da sociedade e dos parceiros do sistema de saúde pública, assinalou.
"Foi também no contexto deste espírito colaborativo que foi recebida a informação de que o Hospital da Cruz Vermelha poderia passar a funcionar ao serviço de Estado, no combate ao surto do novo coronavírus integrado na rede covid", vincou o executivo.
Porém, de acordo com o Governo, a dinâmica da situação epidemiológica e a incerteza científica quanto às características deste vírus exige, de modo a flexibilizar uma resposta que garanta o envolvimento coordenado de todos os intervenientes do sistema, uma avaliação regular do nível de preparação e resposta à pandemia.
E, sublinhou, foi no "âmbito desta avaliação permanente" que foi excluída, neste momento, a integração na "rede covid" do Hospital da Cruz Vermelha, em Lisboa.
Na terça-feira, mais de uma centena de profissionais do Hospital da Cruz Vermelha acusou o presidente da instituição, Francisco George, de "estar a pôr em risco a sobrevivência clínica e económica do hospital".
O alerta foi feito numa "carta denúncia" endereçada ao Presidente da República, presidente da Assembleia da República, primeiro-ministro e ministros das Finanças, Defesa e Saúde, e assinado por médicos, enfermeiros, técnicos, administrativos e auxiliares de ação médica e colaboradores.
No documento, a que a Lusa teve acesso, os profissionais manifestaram a "enorme preocupação" com a forma como Francisco George, presidente da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) e presidente do Conselho de Administração não-executivo do Hospital da Cruz Vermelha (HCVP)m "está a pôr em risco a sobrevivência clínica e económica" do hospital.
Francisco George, ouvido pela Lusa, estranhou a iniciativa, explicando: "Estou há pouco tempo na CVP, estou na administração de manhã à noite, vejo o diretor clínico todos os dias, e até hoje nada me disse".
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,5 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram quase 89 mil.
Dos casos de infeção, mais de 312 mil são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 409 mortes e 13.956 casos de infeções confirmadas.
Dos infetados, 1.173 estão internados, 241 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 205 doentes que já recuperaram.
Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até ao final do dia 17 de abril.
O Governo destacou "o papel da Cruz Vermelha Portuguesa como parte integrante da proteção civil, numa resposta articulada com as entidades competentes".
Isto, numa altura em Portugal, e quase todo o mundo enfrenta o surto do novo coronavírus, pelo que a colaboração intersectorial tem-se revelado "fundamental na preparação e resposta" a uma pandemia que exige um esforço coordenado dos diferentes setores da sociedade e dos parceiros do sistema de saúde pública, assinalou.
"Foi também no contexto deste espírito colaborativo que foi recebida a informação de que o Hospital da Cruz Vermelha poderia passar a funcionar ao serviço de Estado, no combate ao surto do novo coronavírus integrado na rede covid", vincou o executivo.
Porém, de acordo com o Governo, a dinâmica da situação epidemiológica e a incerteza científica quanto às características deste vírus exige, de modo a flexibilizar uma resposta que garanta o envolvimento coordenado de todos os intervenientes do sistema, uma avaliação regular do nível de preparação e resposta à pandemia.
E, sublinhou, foi no "âmbito desta avaliação permanente" que foi excluída, neste momento, a integração na "rede covid" do Hospital da Cruz Vermelha, em Lisboa.
Na terça-feira, mais de uma centena de profissionais do Hospital da Cruz Vermelha acusou o presidente da instituição, Francisco George, de "estar a pôr em risco a sobrevivência clínica e económica do hospital".
O alerta foi feito numa "carta denúncia" endereçada ao Presidente da República, presidente da Assembleia da República, primeiro-ministro e ministros das Finanças, Defesa e Saúde, e assinado por médicos, enfermeiros, técnicos, administrativos e auxiliares de ação médica e colaboradores.
No documento, a que a Lusa teve acesso, os profissionais manifestaram a "enorme preocupação" com a forma como Francisco George, presidente da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) e presidente do Conselho de Administração não-executivo do Hospital da Cruz Vermelha (HCVP)m "está a pôr em risco a sobrevivência clínica e económica" do hospital.
Francisco George, ouvido pela Lusa, estranhou a iniciativa, explicando: "Estou há pouco tempo na CVP, estou na administração de manhã à noite, vejo o diretor clínico todos os dias, e até hoje nada me disse".
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,5 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram quase 89 mil.
Dos casos de infeção, mais de 312 mil são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 409 mortes e 13.956 casos de infeções confirmadas.
Dos infetados, 1.173 estão internados, 241 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 205 doentes que já recuperaram.
Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até ao final do dia 17 de abril.