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Governo sugere às universidades que façam testes de imunidade aos alunos
O ministro da Ciência e do Ensino Superior defende que as universidades devem aproveitar os meses de maio e junho para testar modelos de ensino que misturam as aulas presenciais, com a aprendizagem à distância.
O ministro da Ciência e do Ensino Superior, Manuel Heitor, sugere que uma das medidas que as universidades podem adotar para retomar alguma forma de ensino presencial no próximo mês será fazer testes de imunidade aos alunos. Esta poderá ser uma solução, a par de outras, como turmas mais pequenas ou horários desencontrados, indica, em entrevista ao Observador.
O ensino superior "pode transmitir elementos de confiança, por exemplo, com os testes serológicos, que nos podem dar informação nova sobre a nossa capacidade de gerar anticorpos e de ficarmos imunes à pandemia", sugere o governante.
A par desta medida, Manuel Heitor sugere outras: "O ensino superior pode acomodar os horários de forma a que os estudantes não usem os transportes públicos exatamente nas horas de ponta nos principais centros urbanos", exemplifica.
O objetivo, defende o ministro, é que o ensino superior mostre à sociedade como será possível conviver com este vírus, em segurança, antes de ser encontrada a vacina. É que pode demorar até ao verão de 2021 até estar disponível e "não podemos fechar as nossas economias e a nossa vida social, porque se não morrermos do vírus morremos de fome", argumenta.
Assim, as instituições de ensino superior devem, com autonomia, encontrar modelos de funcionamento seguros, que conjuguem aulas presenciais nos casos em que o ensino fique completamente comprometido de outro modo – o ministro dá o exemplo da aprendizagem de um instrumento musical – com aulas à distância quando é possível.