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Governo quer 811 mil vacinados até ao final de março

O objetivo é ter 811 mil pessoas com a vacinação completa contra a covid-19, até ao final de março. Haverá também mais 520 mil pessoas com a primeira toma já recebida.

Ricardo Jr.
28 de Janeiro de 2021 às 14:05
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O Governo quer ter 811 mil pessoas com a vacina completa contra a covid-19, até ao final de março. Além disso, propõe-se a ter outras 520 mil pessoas já com a primeira toma recebida. Os objetivos foram assumidos esta quinta-feira, em conferência de imprensa, na atualização do plano de vacinação.

Francisco Ramos, coordenador da task force criada para a vacinação contra a covid-19, explicou que, até março, neste momento, o país conta ter recebido cerca de 2,2 milhões de doses de vacinas. Se estas entregas se confirmarem como esperado, será possível completar a vacinação de 811 mil pessoas e dar a primeira dose da vacina a mais 520 mil.

Porém, estas contas presumem que haverá pelo menos uma parte das entregas esperadas da AstraZeneca, a farmacêutica cuja vacina tem o processo de autorização de comercialização praticamente terminado – a expectativa é que a aprovação chegue amanhã – mas que está em conflito aberto com a União Europeia por ter já manifestado dificuldade em cumprir o calendário de entregas inicialmente definido. "É possível atingir o objetivo na expectativa da aprovação da vacina da AstraZeneca", disse Francisco Ramos.

Se este plano for cumprido, o país fica com um stock de apenas 52 mil doses de vacinas de reserva, uma gestão que tem de ser feita de forma cuidadosa para não colocar em causa a administração atempada da segunda dose da vacina. "Queremos administrar o máximo possível sem colocar em risco o tempo de toma da segunda dose", frisou o responsável.

Caso a AstraZeneca não faça entregas no primeiro trimestre do ano, há apenas 1,5 milhões de doses que deverão chegar das duas farmacêuticas com fármacos já aprovados: a BioNTech/Pfizer e a Moderna. Depois, no segundo trimestre, a disponibilidade de vacinas deverá aumentar.

Em resposta aos jornalistas, Francisco Ramos confirmou que o país não comprou a totalidade das vacinas a que teria direito, segundo a negociação conjunta ao nível da União Europeia. Sem adiantar razões concretas nem o número total de doses que o país deixou por adquirir, garantiu apenas que "não vão faltar vacinas" e sublinhou que o país quer participar no esforço solidário de permitir que outras populações mais desfavorecidas consigam também ter acesso às vacinas contra a covid-19.

74 mil imunizados no primeiro mês

No balanço do primeiro mês de vacinação, Francisco Ramos adiantou que têm já a imunização completa 74 mil pessoas com a vacina da BioNTech/Pfizer, havendo mais 178 mil que tomaram a primeira dose deste fármaco e outras 5.400 que receberam a primeira dose da Moderna. No total, o país já recebeu 376.170 doses de vacinas.

"A execução do plano de vacinação está a decorrer como previsto", assegurou Francisco Ramos.

Pessoas com mais de 80 anos incluídas na primeira fase

Uma das novidades do plano de vacinação diz respeito à inclusão de todas as pessoas com mais de 80 anos, independentemente de terem comorbilidades, já na primeira fase de vacinação. 

No total, há cerca de 600 mil pessoas nesta faixa etária, mas parte deste universo já estava incluído no grupo de pessoas com mais de 50 anos e doenças associadas ou mesmo no grupo das pessoas institucionalizadas em lares, por exemplo. Assim, a inclusão deste grupo já na primeira fase implica vacinar cerca de 340 mil pessoas a mais do que o inicialmente previsto, explicou Francisco Ramos. 

Já para os órgãos de soberania e cargos considerados essenciais, há duas mil doses de vacinas previstas, permitindo imunizar mil pessoas durante a primeira fase. Quem contraiu a doença no entretanto – como aconteceu já com alguns governantes – não deverá receber a vacina, explicou o responsável pela task force.
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