Notícia
Governo com "luz verde" para avançar para 2.ª fase do desconfinamento
Os dados divulgados pela DGS mostram que a incidência em Portugal continental baixou para 62,4 casos por 100 mil habitantes e o R(t) subiu de 0,93 para 0,94, mantendo-se abaixo do limiar de 1. Falta saber se o Governo irá incluir os concelhos com incidência mais elevada no alívio das medidas.
Os dados revelados esta quarta-feira pela Direção-Geral de Saúde (DGS) mostram que os indicadores que compões a "matriz de desconfinamento" de António Costa se mantêm no quadrante que permite prosseguir com o calendário do desconfinamento. O Governo decida esta quinta-feira as medidas a aplicar a partir de 5 de abril.
Tal como o Negócios noticiou, os dados que servirão de base para a tomada de decisão sobre a segunda fase do desconfinamento têm, no entanto, um atraso temporal considerável. Os números hoje divulgados reportam-se à passada sexta-feira, 26 de março, e as séries para o cálculo quer da incidência quer do R(t) recuam 14 dias. Assim, o Executivo irá decidir com dados que abrangem ainda os últimos dias de confinamento.
O R(t) em Portugal continental - a Madeira e Açores não seguem a matriz de desconfinamento e o plano desenhado pelo Governo apenas se aplica no Continente - subiu ligeiramente, passando de 0,93 a 24 de março para 0,94.
Já a incidência, segundo os dados divulgados pela DGS, desceu de 63,4 para 62,4 casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias no Continente.
Na passada sexta-feira, a ministra de Estado e da Presidência tinha reforçado que a matriz não era "estanque" e que com incidências mais baixas era possível um R(t) ligeiramente superior a 1 mantendo-se o país no "verde". Mariana Vieira da Silva indicou também que uma eventual pausa no desconfinamento seguiria uma "hierarquia", sendo que as escolas seriam "as últimas a encerrar e as primeiras a reabrir".
O Governo reiterou ao Negócios que eventuais pausas ou recuos no desconfinamento seriam decididos com base local, considerando os municípios com incidência mais elevada, bem como a dos concelhos limítrofes.
Os dados mais recentes da DGS, que abrangem o período de 10 a 23 de março, mostravam 24 concelhos em Portugal continental acima do limiar de 120 casos por 100 mil residentes. Destes, sete - Alcoutim (417), Moura (386), Odemira (336), Belmonte (297), Marinha Grande (293), Rio Maior (280) e Figueiró dos Vinhos (269) - superavam mesmo o limite de 240 casos, que os colocaria no "vermelho".
O que está em jogo?
O plano de desconfinamento apresentado por António Costa a 11 de março prevê para 5 de abril o reinício das aulas presenciais para os alunos dos 2.º e 3.º ciclos, bem como para as ATLs para as mesmas idades, a reabertura de museus, monumentos, palácios e galerias de arte, a reabertura de lojas até 200 m2 com porta para a rua, a reabertura de esplanadas, com um limite de quatro pessoas por mesa, a retoma de modalidades desportivas de baixo risco e a autorização para atividade física ao ar livre até 4 pessoas e ginásios sem aulas de grupo.
A 5 de abril, no entanto, ainda vigorará a proibição de circulação entre concelhos instaurada desde a passada sexta-feira, 26 de março, por ocasião da Páscoa.
Tal como o Negócios noticiou, os dados que servirão de base para a tomada de decisão sobre a segunda fase do desconfinamento têm, no entanto, um atraso temporal considerável. Os números hoje divulgados reportam-se à passada sexta-feira, 26 de março, e as séries para o cálculo quer da incidência quer do R(t) recuam 14 dias. Assim, o Executivo irá decidir com dados que abrangem ainda os últimos dias de confinamento.
Já a incidência, segundo os dados divulgados pela DGS, desceu de 63,4 para 62,4 casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias no Continente.
Na passada sexta-feira, a ministra de Estado e da Presidência tinha reforçado que a matriz não era "estanque" e que com incidências mais baixas era possível um R(t) ligeiramente superior a 1 mantendo-se o país no "verde". Mariana Vieira da Silva indicou também que uma eventual pausa no desconfinamento seguiria uma "hierarquia", sendo que as escolas seriam "as últimas a encerrar e as primeiras a reabrir".
O Governo reiterou ao Negócios que eventuais pausas ou recuos no desconfinamento seriam decididos com base local, considerando os municípios com incidência mais elevada, bem como a dos concelhos limítrofes.
Os dados mais recentes da DGS, que abrangem o período de 10 a 23 de março, mostravam 24 concelhos em Portugal continental acima do limiar de 120 casos por 100 mil residentes. Destes, sete - Alcoutim (417), Moura (386), Odemira (336), Belmonte (297), Marinha Grande (293), Rio Maior (280) e Figueiró dos Vinhos (269) - superavam mesmo o limite de 240 casos, que os colocaria no "vermelho".
O que está em jogo?
O plano de desconfinamento apresentado por António Costa a 11 de março prevê para 5 de abril o reinício das aulas presenciais para os alunos dos 2.º e 3.º ciclos, bem como para as ATLs para as mesmas idades, a reabertura de museus, monumentos, palácios e galerias de arte, a reabertura de lojas até 200 m2 com porta para a rua, a reabertura de esplanadas, com um limite de quatro pessoas por mesa, a retoma de modalidades desportivas de baixo risco e a autorização para atividade física ao ar livre até 4 pessoas e ginásios sem aulas de grupo.
A 5 de abril, no entanto, ainda vigorará a proibição de circulação entre concelhos instaurada desde a passada sexta-feira, 26 de março, por ocasião da Páscoa.