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França aperta restrições com bares e restaurantes a encerrarem mais cedo
O ministro da Saúde Olivier Veran anunciou que o país passará a ser dividido por zonas com diferentes níveis de alerta, sendo que Marselha e Guadalupe são para já as únicas em "alerta máximo".
O Governo francês anunciou as medidas restritivas mais abrangentes desde o desconfinamento em maio para travar o agravamento do número de infeções com covid-19 no país, seguindo assim o exemplo de outros países europeus que estão a ser atingidos por uma segunda vaga.
O ministro da Saúde Olivier Veran anunciou que o país passará a ser dividido por zonas com diferentes níveis de alerta, sendo que Marselha e Guadalupe são para já as únicas em "alerta máximo".
O governo tinha dado às autoridades locais o poder para impor medidas restritivas, mas agora ameaça com a imposição de estado de emergência nos locais onde a pandemia está a agravar-se.
Nos locais classificados como "zonas de perigo" e com "alerta reforçado", foram introduzidas novas restrições, com interdição de grandes eventos, festas e com novos horários para bares.
Em cidades como Paris, Lille ou Montpellier, qualificadas como em alerta reforçado, o número máximo de pessoas num evento é agora de 1.000, estando proibidas festas ou ajuntamentos de mais de 10 pessoas em parques.
O encerramento de ginásios, de bares e restaurantes a partir das 22:00 e de todas as salas de festas são outras medidas.
No nível seguinte, considerado de "circulação máxima" do vírus, está Marselha e a região ultramarina da Guadalupe, onde os bares e restaurantes vão fechar a partir de segunda-feira.
"A situação continua, globalmente, a degradar-se. As consequências sanitárias e o nível de tensão hospitalar exigem que tomemos medidas suplementares", afirmou o ministro da Saúde, Olivier Véran, em conferência de imprensa.
Os números divulgados ontem à noite pelas autoridades francesas mostram o agravamento da disseminação da pandemia, com 13.072 novos casos confirmados em todo o país e 43 mortos nas últimas 24 horas.
Nos últimos sete dias houve 4.244 novas hospitalizações e 675 novos pacientes admitidos nos serviços de cuidados intensivos.
O ministro apelou ainda a que as empresas recorram ao máximo ao teletrabalho e que as pessoas reduzam as suas interações sociais.
Quanto a um possível reconfinamento local, Olivier Véran disse que as autoridades "estão a fazer tudo" para que isso não aconteça. "Não estamos na situação da Primavera passada", assegurou.