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França aperta restrições com bares e restaurantes a encerrarem mais cedo

O ministro da Saúde Olivier Veran anunciou que o país passará a ser dividido por zonas com diferentes níveis de alerta, sendo que Marselha e Guadalupe são para já as únicas em "alerta máximo".

Reuters
24 de Setembro de 2020 às 10:17
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O Governo francês anunciou as medidas restritivas mais abrangentes desde o desconfinamento em maio para travar o agravamento do número de infeções com covid-19 no país, seguindo assim o exemplo de outros países europeus que estão a ser atingidos por uma segunda vaga.

 

O ministro da Saúde Olivier Veran anunciou que o país passará a ser dividido por zonas com diferentes níveis de alerta, sendo que Marselha e Guadalupe são para já as únicas em "alerta máximo".

 

O governo tinha dado às autoridades locais o poder para impor medidas restritivas, mas agora ameaça com a imposição de estado de emergência nos locais onde a pandemia  está a agravar-se.

 

Nos locais classificados como "zonas de perigo" e com "alerta reforçado", foram introduzidas novas restrições, com interdição de grandes eventos, festas e com novos horários para bares.

Em cidades como Paris, Lille ou Montpellier, qualificadas como em alerta reforçado, o número máximo de pessoas num evento é agora de 1.000, estando proibidas festas ou ajuntamentos de mais de 10 pessoas em parques.

 

O encerramento de ginásios, de bares e restaurantes a partir das 22:00 e de todas as salas de festas são outras medidas.

 

No nível seguinte, considerado de "circulação máxima" do vírus, está Marselha e a região ultramarina da Guadalupe, onde os bares e restaurantes vão fechar a partir de segunda-feira.

"A situação continua, globalmente, a degradar-se. As consequências sanitárias e o nível de tensão hospitalar exigem que tomemos medidas suplementares", afirmou o ministro da Saúde, Olivier Véran, em conferência de imprensa.

 

Os números divulgados ontem à noite pelas autoridades francesas mostram o agravamento da disseminação da pandemia, com 13.072 novos casos confirmados em todo o país e 43 mortos nas últimas 24 horas.

 

Nos últimos sete dias houve 4.244 novas hospitalizações e 675 novos pacientes admitidos nos serviços de cuidados intensivos.

 

O ministro apelou ainda a que as empresas recorram ao máximo ao teletrabalho e que as pessoas reduzam as suas interações sociais.

 

Quanto a um possível reconfinamento local, Olivier Véran disse que as autoridades "estão a fazer tudo" para que isso não aconteça. "Não estamos na situação da Primavera passada", assegurou.

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